terça-feira, 30 de junho de 2009

Frigoríficos querem seguir devastando a floresta Amzônica


Frigoríficos recusam acordo proposto pelo MPF para combater desmatamento

Em resposta à proposta de acordo do Ministério Público Federal (MPF), a União das Indústrias Exportadoras de Carne recusa se comprometer com datas, prazos ou sistemas de controle previstos na legislação

O Ministério Público Federal recebeu ontem (24) da União das Indústrias Exportadoras de Carne documento que significa, na prática, recusa ao acordo proposto semana passada pelos procuradores da República que buscam conter os danos ambientais praticados na cadeia produtiva da pecuária. O MPF já respondeu ao documento.

“O que a Uniec propôs não traz nenhuma garantia consistente de busca pela legalidade e sustentabilidade do setor pecuário no estado do Pará, garantia essa imprescindível para justificar a suspensão dos efeitos das recomendações expedidas”, diz a resposta, enviada hoje ao presidente da União, Francisco Victer.

Todos os pontos propostos pelo MPF para efetivas mudanças no controle da atividade pecuária - georreferenciamento, licenciamento ambiental, regularização fundiária e recuperação de áreas degradadas - foram listados pelos frigoríficos como responsabilidade do governo do Pará.

“Essas questões já são responsabilidade legal do Estado, não há nenhuma novidade nisso. O que seria novidade seria o setor produtivo reconhecer o ônus de sua atividade e se comprometer com esses controles, garantir que as compras serão interrompidas se os fornecedores não obtiverem a regularização”, explica o procurador da República Daniel César Azeredo Avelino, um dos responsáveis pela negociação.

Estimativas iniciais apontam que o custo para georreferenciamento não chega a ser significativo, atingindo R$ 3,50 por hectare georreferenciado, com diagnóstico ambiental. Mesmo assim, nem pecuaristas nem indústrias querem se comprometer com o investimento na regularização ambiental.

“A Uniec retirou todos os dispositivos propostos pelo MPF, permanecendo apenas aqueles que já são praticados pelos frigorificos, batizados com o novo nome de projeto de excelência de fornecedores. Se os controles fossem eficientes, não teríamos o aumento do desmatamento visto nos últimos anos. Se os controles tradicionais fossem eficazes, não haveria mais problemas ambientais nas fazendas, mas acontece justamente o contrário”, contesta o procurador Ubiratan Cazetta.

Desmatamento novo


As ações que pedem indenização por danos ambientais contra criadores e frigoríficos foram a maneira encontrada pelo MPF para combater o desmatamento mais recente no Pará, que cresceu de meados dos anos 90 até hoje, período justamente de maior crescimento do rebanho bovino no Estado.

“As empresas processadas pelo MPF não são as que vieram na década de 70 estimuladas pelo Estado. São as que vieram para a Amazônia num período em que as leis ambientais já tinham mudado e estão cometendo crimes ambientais desde que chegaram, sem qualquer controle”, explica o procurador-chefe do MPF, José Augusto Torres Potiguar.

Um dos exemplos do que ele diz é a agropecuária Santa Bárbara, proprietária de 9 das 21 fazendas processadas, todas compradas há menos de 3 anos. Apesar de, muito provavelmente, serem áreas desmatadas há mais tempo, a criação de bois impede que a floreste se regenere, o que também representa infração à lei ambiental.

A constatação é dos cientistas das universidades locais: o crescimento desordenado da atividade pecuária, em criações extensivas, usando o modelo de uma cabeça de gado por hectare, é um dos principais incentivos para a derrubada intensiva da floresta amazônica. “Foi a partir da ciência que pautamos nosso trabalho e acreditamos nos resultados dele”, acrescenta o procurador Felício Pontes Jr.

(Amazonia.org.br/MPF) fonte: e-campo

domingo, 28 de junho de 2009

Ativeg: Outdoors em Floripa

É com muita felicidade que o Ativeg informa o lançamento de mais uma edição do seu projeto "Outdoor Vegetariano", desta vez a cidade escolhida foi Florianópolis/SC. A previsão é que os outdoors sejam colocados até meados de junho.




sexta-feira, 26 de junho de 2009

GRILOS EM FESTA


Lula cede à pressão de ruralistas e presenteia grileiros

MP aprovada pelo Senado estimula a grilagem de terras públicas na Amazônia, incentivando assim a destruição da maior floresta tropical do mundo.

Único veto impede que empresas sejam proprietárias de terras na Amazônia

Ao sancionar praticamente na integra a Medida Provisória 458 no dia 25 de junho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva perdeu uma oportunidade de tornar um pouco menos ruim uma lei que nasceu torta dentro das entranhas do próprio Executivo. Filha de um neófito em Amazônia, o ministro Mangabeira Unger, a 458 privatiza, praticamente sem custo para seus novos proprietários e sem a fiscalização do Estado, 67, 4 milhões de hectares de terras públicas na Amazônia. As áreas ocupadas de até 100 hectares serão doadas. A partir daí e até 400 hectares, será cobrado apenas um valor simbólico de seus ocupantes. As áreas maiores, com até 1.500 hectares, serão alienadas a valor de mercado, mas com prazo de carência de 20 anos.

O texto sancionado pelo presidente absolve o Estado da responsabilidade de governar a Amazônia. A Medida Provisória prevê a regularização da posse de terra pública invadida a partir de uma mera declaração de quem a ocupa. Ao tramitar pelo Congresso, a MP de Lula recebeu emendas que a deixaram ainda mais com cara de presente aos grileiros. Uma reduziu para três anos o limite para a alienação de grandes e médias propriedades. Outra dispensou de vistoria prévia terras com até 400 hectares. A terceira permitiu que pessoas que não moram nas terras reclamassem a posse usando preposto. A última, abriu a possibilidade para empresas pedirem a regularização de terras ocupadas. Lula vetou apenas as das empresas e a do preposto.

Mangabeira Unger trabalhou duro nos últimos dias para fazer o presidente ceder às pressões da bancada ruralista. Lula, infelizmente, capitulou, dando uma clara demonstração de que seu governo não tem qualquer compromisso com a sustentabilidade e o meio ambiente em sua política para a Amazônia. O Greenpece não é contra a regularização fundiária. Muito pelo contrário. Acredita que ela é fundamental para promover justiça, combater a violência e preservar a floresta na Amazônia.

O problema é que a MP 458 abre mão de controlar esse processo, regulariza a preço de banana ocupações ilegais e, portanto, incentiva ações futuras de grileiros. “O presidente prefere ouvir o Mangabeira que escutar as milhares de vozes que, desde que a medida chegou à sua mesa, pedem que a intervenção do presidente na proteção da floresta”, afirma Nilo D´Avila, coordenador de políticas públicas do Greenpeace. “Com essa medida, Lula se iguala ao general Médici com seu projeto amazônico terras sem homem para homens sem terra, provocando uma nova corrida às terras na Amazônia, o que pode estimular o desmatamento e provocar mais violência na floresta.”

Fonte: Greenpeace

De que lado você está?



Produza amor, não CO2!

De que lado você está?

Ou você é parte do problema, ou parte da solução!

Faça sua parte para combater as mudanças climáticas!

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Sushi sem atum?


Documentário denuncia pesca ilegal do atum e leva restaurantes de Londres a tirar pratos do cardápio.

Por Fernanda Nidecker

A exibição do documentário End of The line (O Fim da Linha), no início do mês, aqui na Grã-Bretanha, está dando o que falar no mundo gastronômico. É que desde que o filme, baseado no livro do jornalista Charles Clove, denunciou a pesca ilegal do atum azul, vários supermercados e restaurantes aqui de Londres começaram a retirar de seus cardápios e prateleiras pratos e produtos à base do peixe.

Para quem não sabe, e eu até bem pouco tempo também não fazia a menor ideia, o atum azul é o peixe que a maioria dos restaurantes japoneses serve em seus saborosos "barquinhos" de sushi e sashimi. O peixe também entra em receitas de outros tipos de culinária, na forma de atum grelhado, cozido e outros.

O filme destaca que a enorme popularidade do sushi em todo o mundo - o que há 25 anos era uma raridade fora do Japão - criou um lucrativo mercado do atum azul.

A pesca desenfreada e os métodos empregados estariam exterminando a espécie, cujos peixes podem nadar a velocidade de 64 km/h e atingir o tamanho de um carro pequeno. Mas hoje, segundo Charles Clove, pelo menos um terço do atum azul que vai parar nos pratos é pescado ainda na idade da desova.

Isso significa, segundo uma pesquisa recente feita pela ONG WWF, que a espécie pode desaparecer em apenas três anos.

As conclusões do documentário mobilizaram donos de restaurantes e supermercados londrinos, que se apressaram em tomar providências para garantir que seus fornecedores trabalhem apenas com o atum azul pescado legalmente.

Muitos estabelecimentos tomaram medidas mais drásticas, parando de vender produtos à base do peixe, como a famosa cadeia de fast-food Pret à Manger, que vende milhares de sanduíches de atum e pepino todos os dias.

Celebridades como Jemima Khan, Sting e Charlize Theron também se envolveram na polêmica e começaram a pressionar outros estabelecimentos, como o badalado restaurante japonês Nobu. Disseram que não podem mais jantar no local "com a consciência tranquila", sabendo que o peixe anda circulando pelas outras mesas.
Eu me pergunto se no Brasil, onde a onda do sushi já chegou há tantos anos, será que essa "moda" também pega?

BBC Brasil

quarta-feira, 24 de junho de 2009

48 Horas para o Veto do Lula na MP 458


Nós só temos dois dias para tentar salvar milhões de hectares da Amazônia do desmatamento e destruição: está quinta-feira é o prazo final para o Presidente Lula decidir se vai vetar alguns pontos da Medida Provisória que irá privatizar partes da Amazônia pertencentes à União.

Duas semanas atrás a Avaaz enviou um alerta sobre a Medida Provisória (MP) 458 e mais de 14.000 pessoas congestionaram as linhas telefônicas do Gabinete Presidencial pedindo o veto das partes mais perigosas da MP. Dentro de 48 horas o Presidente declarou publicamente que iria vetar os pontos criticados pela campanha. Porém, desde então o Presidente tem sofrido uma forte pressão da bancada ruralista do governo, fazendo declarações preocupantes sobre o desenvolvimento da região Amazônica.

Nós temos menos de dois dias para persuadir o Presidente a manter a sua palavra. Neste momento crítico em que o Lula está decidindo o que vetar, a pressão popular poderá ter um papel decisivo para a proteção da Amazônia. Clique abaixo para enviar uma mensagem para o Lula AGORA, leva só dois minutos para registrar a sua participação:

http://www.avaaz.org/po/lula_prazo_final


A Medida Provisória 458 não é toda ruim, ela foi concebida para proteger pequenos agricultores que precisam do título legal das terras que ocupam. Porém, a MP foi manipulada pelos interesses do agronegócio, muitos dos quais são responsáveis pela ocupação violenta e ilegal de terras amazônicas. Se a MP for assinada na sua forma atual, os que mais tem serão os maiores beneficiários do programa do governo.

Nossas apelo para o Lula é:

1. Vetar a ocupação e exploração “indireta”, para que apenas as pessoas que moram nas terras tenham suas propriedades regulamentadas
2. Vetar regularização para empresas privadas, somente pessoas físicas devem ter direito à regularização
3. Proibir a comercialização das terras regularizadas por 10 anos, ao invés dos propostos 3 anos, evitando assim a especulação comercial das terras

Se milhares de pessoas enviarem uma mensagem, poderemos garantir a preservação de uma vasta área da floresta. Clique aqui para enviar uma mensagem para o Presidente Lula, usando a ferramenta do nosso site:

http://www.avaaz.org/po/lula_prazo_final

O destino da Amazônia será definido dramaticamente até o final desta semana. Certamente está não será a nossa batalha final para defender a Amazônia, mas é uma batalha importante. Vamos manter a pressão e mostrar para o Lula que os brasileiros se importam com a Amazônia!

Leia mais sobre o assunto:

Lula ainda não decidiu sobre veto à MP da Amazônia


Lula adia prazo de decisão sobre polêmica lei de terras



A MP 458 e o futuro da Amazônia


Lula lança em MT programa para regularizar terras na Amazônia

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Segunda-feira sem carne. Você topa?


Milton Aizemberg nos lembra da campanha lançada por Paul Mac Cartney em junho de 2008 convidando todos a não comer carne às segundas-feiras para diminuir a pressão sobre o planeta.

Relatórios da ONU revelam que a criação de animais de corte é responsável por cerca de 18 por cento das emissões mundiais de gases estufa, responsáveis pelo aquecimento do planeta - mais que a indústria global de transportes.

"Muitos de nós nos sentimos impotentes diante dos desafios ambientais, e pode ser difícil avaliar todos os conselhos que recebemos sobre como fazer uma contribuição significativa para um mundo mais limpo, mais sustentável e mais saudável", diz McCartney no site oficial da campanha na Internet.

Para Paul, se você não pode renunciar completamente à carne, eliminar por um dia já é um passo a frente. E você? Topa aderir a esta proposta?

Venha nos dizer o que acha desta campanha. :)

Visite Banco do Planeta!

Ibama apreende balsa com R$ 1 milhão em madeira no PA


Pouco depois de colocar os barcos na água para fiscalizar o transporte ilegal de madeira nos afluentes do Amazonas, o Ibama de Santarém (PA) apreendeu, nesta sexta-feira (19) uma balsa com mil metros cúbicos de toras. A madeira, que seria suficiente para encher 40 caminhões, foi avaliada em R$ 1 milhão.

Uma espingarda de calibre 12 foi encontrada pelos fiscais, que prenderam quatro pessoas em flagrante. “A madeira é totalmente ilegal, sem nenhum tipo de documentação”, afirma o chefe de fiscalização do Ibama de Santarém, Gustavo Müller de Podestá.

As toras – de árvores nobres como ipê, maçaranduba e angelim – foram transportadas para Santarém e serão doadas. As multas aplicadas podem chegar a R$ 300 mil.

Cheia favorece madeireiros

A operação do Ibama, batizada de Bajara, tem como foco os madeireiros que atuam em uma região preservada de mata que fica entre Santarém e Belém, nas margens do Rio Amazonas. Segundo Podestá, a cheia dos rios torna mais fácil o transporte ilegal de madeira nos afluentes do Amazonas, pois pequenos rios podem ser usados para escoar grande quantidade de toras.

“As pessoas levam o maquinário por balsa, cortam a madeira, estocam na beira do rio, retiram e vão embora. Praticamente não há transporte terrestre”, relata o chefe de fiscalização. A operação, que conta com 20 homens, barcos, caminhonetes e helicópteros, não tem data para terminar.

Globo Amazônia

domingo, 21 de junho de 2009

The Meatrix, o "milagre" da multiplicação



Esta animação em vídeo mostra como funciona o atual processo de confinamento animal no mundo. O grande "milagre" de produção em escala global.

O vídeo, lançado a alguns anos, não é novidade, mas vale a pena rever.

Leia mais: The Meatrix Brasil

sábado, 20 de junho de 2009

Boicote aos ‘bois do desmatamento’ já é apoiado por 35 empresas, diz MPF



No Sul do Pará, onde existe a reserva indígena Apitereua, a criação de gado é proibida, mas muitos fazendeiros continuam a invadir a região...

Leia a matéria que foi destaque no Jornal da Globo ontem, 19/06/2009.

A Farra do Boi na Amazônia


O lançamento do relatório "A Farra do Boi na Amazônia" teve repercussão nos jornais do Brasil e do mundo. Depois da declaração de que o gado de frigoríficos como Bertin e JBS pasta em áreas de floresta amazônica devastada, muita coisa aconteceu!

Wall Mart, Carrefour e Pão de Açúcar, declararam que não comprarão mais carne e marcas como Timberland, Adidas, Nike, Reebok, Hugo Boss, Gucci e Prada, exigiram garantias sobre o couro dos frigoríficos envolvidos no relatório do Greenpeace.

O Banco Mundial, também declarou a recisão do contrato de empréstimo de U$ 90 milhões com a Bertin até que a empresa resolva respeitar o meio ambiente e a nossa floresta.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Pecuária está devastando a Amazônia, diz Minc


Para Carlos Minc, pecuária está 'fora de controle'

Ele elogia boicote ao gado com origem em desmatamento recente.

"A pecuária hoje é o maior agente de desmatamento da Amazônia e quero dizer aos que representam este setor que entrem na linha ou vão se dar mal", diz, em entrevista exclusiva ao Globo Amazônia, o ministro do Meio ambiente, Carlos Minc.

Leia a entrevista, aqui!

Fonte: Globo Amazônia

Protocolada ADIN contra o Código (anti) Ambiental de SC


No dia 17 de junho de 2009, foi protocolada pela Procuradoria Geral da República, Ação de Inconstitucionalidade contra o Código (anti) Ambiental de Santa Catarina. ONGs devem agora entrar com um dispositivo de apoio chamado "amicus curiae" (amigo da causa).

Além da ação protocolada, o Procurador Geral da República, Antônio Fernando Barros e Silva de Souza, entrou com pedido de medida cautelar para garantir que os dispositivos questionados sejam suspensos até o julgamento, visto que no parecer do procurador, eles podem provocar danos graves ao meio ambiente.

Leia a matéria!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Estudo do governo dos EUA prevê catástrofes naturais por ação do homem



Mas cientistas dizem que ainda há tempo para evitar consequências.
Alerta da gestão Obama também mostra mudança em relação à era Bush.

Um relatório do governo norte-americano divulgado nesta terça-feira (16) afirma que a poluição no planeta atingiu o pior nível da história. E previu que a ação do homem vai provocar catástrofes naturais nos próximos cem anos.

Tempestadoes mais intensas, tornados mais devastadores, secas e inundações com grande poder de destruição - como as que aconteceram no Norte e no Sul do Brasil.

A explicação para as mudanças extremas no clima do mundo está em quase 200 páginas do relatório do programa americano de pesquisas climáticas globais.

Segundo o estudo, não há dúvida: o aquecimento global, provocado em grande parte pelo homem, está ameaçando o planeta. (Fonte: G1)

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Respeito a todo ser, à Mãe Terra


Por Leonardo Boff

Se reconhecermos, como os povos originários e muitos cientistas modernos, que a Terra é Gaia, Mãe generosa, geradora de toda vida, então devemos a ela o mesmo respeito e veneração que devotamos às nossas mães. Em grande parte, a crise ecológica mundial deriva da sistemática falta de respeito para com a natureza e a Terra.

O respeito implica reconhecer que cada ser vale por si mesmo, porque simplesmente existe e, ao existir, expressa algo do Ser e daquela Fonte originária de energia e de virtualidades da qual todos provém e para a qual todos retornam (vácuo quântico). Numa perspectiva religiosa, cada ser expressa o próprio Criador.

Ao captarmos os seres como valor intrínseco, surge em nós o sentimento de cuidado e de responsabilidade para com eles a fim de que possam continuar a ser a a coevoluir.

As culturas originárias atestam a veneração face à majestade do universo, o respeito pela natureza e para cada um de seus representantes.

O budismo que não se apresenta como uma fé mas como uma sabedoria, um caminho de vida em harmonia com o Todo, ensina a ter um profundo respeito, especialmente, por aquele que sofre (compaixão). Desenvolveu o Feng Shui que é a arte de harmonizar a casa e a si mesmo com todos os elementos da natureza e com o Tao.

O Cristianismo conhece a figura exemplar de São Francisco de Assis (1181-1226). Seu mais antigo biógrafo, Tomás de Celano (1229) testemunha que andava com respeito por sobre as pedras em atenção daquele, Cristo, que foi chamado de "pedra"; recolhia com carinho as lesmas para não serem pisadas; no inverno, dava água doce às abelhas para não morrerem de frio e de fome.

Aqui temos a ver com um outro modo de habitar o mundo, junto com as coisas convivendo com elas e não sobre as coisas dominando-as.

Extremamente atual é a figura do humanista Albert Schweitzer (1875-1965). Elaborou grandiosa ética do respeito a todo o ser e à vida em todas as suas formas. Era um grande exegeta e famoso concertista das músicas de Bach. Num momento de sua vida, largou tudo, estudou medicina e foi servir hansenianos em Lambarene no Gabão.

Diz explicitamente, numa carta, que "o que precisamos não é enviar para lá missionários que queiram converter os africanos, mas pessoas que se disponham a fazer para os pobres o que deve ser feito, caso o Sermão da Montanha e as palavras de Jesus possuam algum valor. Se o Cristianismo não realizar isso, perdeu seu sentido".

Em seu hospital no interior da floresta tropical, em Lambarene, entre um atendimento e outro, escreveu vários livros sobre a ética do respeito, sendo o principal este: O respeito diante da vida (Ehrfurcht vor dem Leben).

Bem diz ele:"a idéia-chave do bem consiste em conservar a vida, desenvolvê-la e elevá-la ao seu máximo valor; o mal consiste em destruir a vida, prejudicá-la e impedi-la de se desenvolver. Este é o princípio necessário, universal e absoluto da ética".

Para ele, o limite das éticas vigentes consiste em se concentrarem apenas nos comportamentos humanos e esquecerem as outras formas de vida. Numa palavra: "a ética é a responsabilidade ilimitada por tudo que existe e vive"

Dai se derivam comportamentos de grande compaixão e cuidado. Numa prédica conclamava: "Mantenha teus olhos abertos para não perder a ocasião de ser um salvador. Não passe ao largo, inconsciente, do pequeno inseto que se debate na água e que corre risco de se afogar. Tome um pauzinho e retire-o da água, enxugue-lhe as asinhas e experimente a maravilha de ter salvo uma vida e a felicidade de ter agido a cargo e em nome do Todo-poderoso. A minhoca que se perdeu na estrada dura e seca e que não pode fazer o seu buraco, retire-a e coloque-a no meio da grama. ‘O que fizerdes a um desses mais pequenos foi a mim que o fizestes’. Esta palavra de Jesus não vale apenas para nós humanos mas também para as mais pequenas das criaturas".

Essa ética do respeito é categórica no momento atual em que a Mãe Terra se encontra sob perigoso estresse.

Leonardo Boff é escritor, autor de Convivência, Respeito, Tolerância, Vozes 2006, entre outros livros.

Fonte

terça-feira, 16 de junho de 2009

Pecuaristas invadem terras indígenas e áreas embargadas na Amazônia

Do Globo Amazônia, com informações do Fantástico



Uma investigação de 3 anos do Greenpeace revela como a parceria perversa entre a indústria do gado e o governo brasileiro estão resultando em mais desmatamento, trabalho escravo e invasão de terras indígenas.

Grandes marcas reconhecidas mundialmente, como Nike, Adidas, Timberland, Unilever e Carrefour parecem acreditar que seus produtos excluem matéria-prima da Amazônia. A investigação do Greenpeace expõe pela primeira vez como o consumo leviano de matéria-prima está alimentando o desmatamento e, consequentemente, o aquecimento global.

Globo Amazônia

Paul McCartney sugere dia sem carne para reduzir efeito estufa


LONDRES - O músico Paul McCartney e suas filhas, Stella e Mary, aderiram a uma campanha internacional para que as pessoas deixem de comer carne um dia por semana para combater as mudanças climáticas. O objetivo da mobilização "Segunda-feira sem Carne" é reduzir as emissões de gás do rebanho mundial, que contribui mais para o aquecimento global do que os transportes.

As vacas emitem em suas eructações grandes quantidades de gás metano, 21 vezes mais potente para o efeito estufa do que o dióxido de carbono. Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o gado é responsável por 18% do efeito estufa, ao passo que o transporte corresponde a 13%. "Deveríamos nos preocupar com as mudanças climáticas porque, se não o fizermos, deixaremos como herança a nossos filhos e netos um problema gravíssimo" disse McCartney ao diário "The Independent".

Os ecologistas estão preocupados com o impacto ambiental dos animais destinados à alimentação humana e com a destruição de áreas na Amazônia e outras florestas para a criação de gado. O presidente do grupo intergovernamental da ONU sobre as mudanças climáticas, Rajendra Pachauri, recomenda a dieta vegetariana por um dia na semana.

A família McCartney conseguiu o apoio de outras personalidades para a campanha, como a artista Yoko Ono, os atores Kevin Spacey, Woody Harrelson e Joanna Lumley, o cantor Chris Martin e o empresário Richard Branson, fundador da companhia aérea Easyjet. Conhecidos chefs britânicos também aderiram à campanha e passaram a oferecer às segundas-feiras menus vegetarianos.

Fonte: O Estadão

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Grupo Pão de Açúcar suspende contratos com frigoríficos que desmatam Amazônia


O Grupo Pão de Açúcar informou ao Ministério Público Federal (MPF) que suspendeu a aquisição de produtos e subprodutos de origem bovina de frigoríficos apontados pelo MPF como corresponsáveis pelo desmatamento da Amazônia. A empresa, maior rede varejista do país, também declarou que solicitou aos frigoríficos a apresentação ao MPF de um plano de auditoria socioambiental que comprove a origem do gado a ser comercializado.

As informações foram dadas em resposta a notificação encaminhada pelo MPF ao Grupo Pão de Açúcar e a outras 68 grandes empresas revendedoras de derivados do boi e a fabricantes que utilizam essa matéria-prima, alertando-as a evitarem comercializar produtos cuja origem é a criação ilegal de gado em áreas desmatadas.

Leia mais:
Greenpeace: governo é “sócio” de corporações que devastam a Amazônia

Consumo de carne está ligado à destruição da Amazônia, diz Greenpeace

Assista a matéria do Jornal das Dez da Globo News (exibida em 10/06/2009)



Assista a matéria especial da Record: Parte 01 e Parte 02

domingo, 14 de junho de 2009

As tecnologias que podem ajudar os problemas ambientais do planeta



Globo News Especial (07/06/2009)

O segundo episódio do programa Terra Vida ou Morte mostra as soluções adotadas por alguns países para diminuir as consequências das mudanças no clima.

Produção: Globo News

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Supermercados suspendem compra de frigoríficos ligados ao desmatamento da Amazônia


As três maiores redes de supermercados do País, Carrefour, Wal-Mart e Pão de Açúcar informaram hoje que suspenderam a compra de carne ou derivados provenientes dos frigoríficos denunciados por contribuírem com a devastação da Amazônia. Os varejistas foram notificados pelo Ministério Público Federal do Pará (MPF), que está processando várias empresas ligadas à pecuária ilegal na região. O anúncio também é uma resposta a denúncias feitas pela organização ambientalista Greenpeace.

São 27 fazendas e frigoríficos, como o Bertin, o Bracol e o Redenção, que foram rastreados pelo MPF em parceria com o Ibama. As fazendas engordam o gado em pastagens ilegais. Elas estão em áreas invadidas ou desmatadas ilegalmente. “Todas as empresas que participam da cadeia econômica da devastação devem pagar pelos danos ambientais”, diz o procurador Daniel César Avelino.

Estima-se que a pecuária irregular seja a maior causa da devastação na Amazônia. Em reportagem publicada por Época no ano passado, foram mapeados os dez maiores frigoríficos da Amazônia e foi mostrado como eles estão na área de influência dos municípios campeões de desmatamento. Também revelamos se as empresas têm algum controle de seus fornecedores.

Ainda é muito pouco, mas foi dado mais passo para conter este apetite voraz por carne que está destruindo a Amazônia.

Fonte: Portal G1

O origem dos animais, segundo a Pixar

Partly Cloud


A Pixar, estúdio conhecido por criar animações como Toy Story, Vida de Inseto, entre outros, lançou na rede o seu mais recente curta, que abre o novo filme, Up. Ele conta, de maneira lúdica e comovente, como nascem os filhotes de muitos animais. Vale a pena assistir!

Fonte: ANDA

Greenpeace abre fogo contra carne brasileira


Relatório divulgado no final de semana pela entidade Greenpeace diz que "além de não conseguir evitar o desmatamento da Amazônia, o governo brasileiro contribui ativamente com ele, pois se tornou sócio de quem produz a destruição. Nos últimos dois anos, bilhões de dólares do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foram concedidos a empresas pecuaristas responsáveis por 80% da devastação da floresta".

Continua...

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Documentário: HOME


HOME, filme da autoria do realizador francês Yann Arthus-Bertrand, é constituído por paisagens aéreas do mundo inteiro e pretende sensibilizar a opinião pública mundial sobre a necessidade de alterar modos e hábitos de vida a fim de evitar uma catástrofe ecológica planetária.

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quarta-feira, 10 de junho de 2009

Lixo marinho atrapalha busca pelo vôo 447

Durante a procura por corpos e destroços do avião do vôo 447 da Air France , que caiu semana passada, oficiais que participam da busca estão tendo dificuldade em localizar alguma coisa no meio da grande quantidade de lixo que flutua sobre as principais áreas da busca.

Na semana passada, oficiais encontraram destroços supostamente provenientes da aeronave. Depois de uma análise mais rigorosa, foi descoberto que os materiais não passavam de lixo. A busca pelos destroços tornou-se ainda mais difícil após essa informação.


Os materiais flutuantes no oceano, como o lixo por exemplo, tendem a se agregar formando grandes círculos. Atualmente existem 5 grandes “ilhas de lixo” no mundo. Uma delas, localiza-se entre América do Norte e Ásia e duas vezes o tamanho do Texas. O vôo 447 não caiu em nenhuma dessas consideradas maiores ilhas, a queda se deu em uma área de menor acúmulo de resíduos.

90% de todo o lixo despejado nos oceanos corresponde a resíduo plástico, que gera um impacto devastador à vida marinha. Como já publicado antes neste blog, tartarugas ingerem sacos plásticos, que no mar se parecem muito com águas-vivas. Pássaros também confundem pequenos pedaços de plástico com alimento.

O problema do lixo flutuante não para na vida marinha, o plástico também funciona como uma esponja de substâncias químicas perigosas, que percorrem toda a cadeia alimentar e acabam chegando na nossa comida.

Apesar de todos estarem muito pessimistas sobre a localização do avião, e a chance de encontrar algum vivo seja muito pequena, a busca não foi em vão, 17 corpos já foram encontrados até ontem, e outros dois, achados nesta manhã aguardam confirmação.

Ambiente Brasil

terça-feira, 9 de junho de 2009

A insensatez


Por Míriam Leitão

O confronto entre ruralistas e ambientalistas é completamente insensato. Mesmo se a questão for analisada apenas do ponto de vista da economia, são os ambientalistas quem têm razão. Os ruralistas comemoram vitórias que se voltarão contra eles no futuro. Os frigoríficos terão que provar aos supermercados do Brasil que não compram gado de áreas de desmatamento.

O mundo está caminhando num sentido, e o Brasil vai em direção oposta. Em acelerada marcha para o passado.

O debate, as propostas no Congresso, a aprovação da MP 458, os erros do governo, a cumplicidade da oposição, tudo isso mostra que a falta de compreensão é generalizada no país.

A fritura pública do ministro Carlos Minc, da qual participou com gosto até o senador oposicionista Tasso Jereissati (PSDB-CE), é um detalhe. O trágico é a ação pluripartidária para queimar a Amazônia.

Até a China começa a mudar. Nos Estados Unidos, o governo George Bush foi para o lixo da história. O presidente Barack Obama começa a dirigir o país em outro rumo. Está tramitando no Congresso americano um conjunto de parâmetros federais para a redução das emissões de gases de efeito estufa. O que antes era apenas um sonho da Califórnia, agora será de todo o país.

Neste momento em que a ficha começa a cair no mundo, no Brasil ainda se pensa que é possível pôr abaixo a maior floresta tropical do planeta, como se ela fosse um estorvo.

A MP 458, agora dependendo apenas de sanção presidencial, é pior do que parece. É péssima. Ela legaliza, sim, quem grilou e dá até prazo. Quem ocupou 1.500 hectares antes de primeiro de dezembro de 2004 poderá comprá-la sem licitação e sem vistoria. Tem preferência sobre a terra e poderá pagar da forma mais camarada possível: em 30 anos e com três de carência. E, se ao final da carência quiser vender a terra, a MP permite. Em três anos, o imóvel pode ser passado adiante. Para os pequenos, de até quatrocentos hectares, o prazo é maior: de dez anos. E se o grileiro tomou a terra e deixou lá trabalhadores porque vive em outro lugar? Também tem direito a ficar com ela, porque mesmo que a terra esteja ocupada por “preposto” ela pode ser adquirida. E se for empresa? Também tem direito.

Os defensores da MP na Câmara e no Senado dizem que era para regularizar a situação de quem foi levado para lá pelo governo militar e, depois, abandonado.

Conversa fiada. Se fosse, o prazo não seria primeiro de dezembro de 2004.

Disseram que era para beneficiar os pequenos posseiros. Conversa fiada. Se fosse, não se permitiria a venda ocupada por um preposto, nem a venda para pessoa jurídica.

A lei abre brechas indecorosas para que o patrimônio de todos os brasileiros seja privatizado da pior forma. E a coalizão que se for$a favor dos grileiros é ampla. Inclui o PSDB. O DEM nem se fala porque comandou a votação no Senado, através da relatoria da líder dos ruralistas, Kátia Abreu.

Mais uma vez, Pedro Simon (PMDB-RS), quase solitário, estava na direção certa.

A ex-ministra Marina Silva diz que o dia da aprovação da MP 458 foi o terceiro pior dia da vida dela.

— O primeiro foi quando perdi meu pai, o segundo, quando Chico Mendes morreu — desabafou.

Ela sente como se tivesse perdido todos os avanços dos últimos anos.

Minha discordância com a senadora é que eu não acredito nos avanços. Acho que o governo Lula sempre foi ambíguo em relação ao meio ambiente, e o governo Fernando Henrique foi omisso. Se tivessem tido postura, o Brasil não teria perdido o que perdeu.

Só nos dois primeiros anos do governo Lula, 2003 e 2004, o desmatamento alcançou 51 mil Km. Muitos que estavam nesse ataque recente à Floresta serão agora “regularizados”.

O Greenpeace divulgou esta semana um relatório devastador. Mostrando que 80% do desmatamento da Amazônia se deve à pecuária. A ONG deu nome aos bois: Bertin, Marfrig, JBS Friboi são os maiores. O BNDES é sócio deles e os financia. Eles fornecem carne para inúmeras empresas, entre elas, as grandes redes de supermercados: Carrefour, Wal-Mart e Pão de Açúcar.

Reuni ontem no programa Espaço Aberto, da Globonews, o coordenador do estudo, André Muggiatti e o presidente da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), Sussumu Honda. O BNDES não quis ir.

A boa notícia foi a atitude dos supermercados. Segundo Sussumu Honda, eles estão preocupados e vão usar seu poder de pressão contra os frigoríficos, para que eles mostrem, através de rastreamento, a origem do gado cuja carne é posta em suas prateleiras.

Os exportadores de carne ameaçam processar o Greenpeace. Deveriam fazer o oposto e recusar todo o fornecedor ligado ao desmatamento. O mundo não comprará a carne brasileira a esse preço. Os exportadores enfrentarão barreiras. Isso é certo.

O Brasil é tão insensato que até da anêmica Mata Atlântica tirou 100 mil hectares em três anos.

Nossa marcha rumo ao passado nos tirará mercado externo. Mas isso é o de menos. O trágico é perdermos o futuro. Símbolo irônico das nossas escolhas é aprovar a MP 458 na semana do Meio Ambiente.

O Globo

Você joga o lixo fora? Não!

Você pensa que joga o LIXO FORA, mas na realidade você joga o lixo dentro, DENTRO DO PLANETA.

Está mais do que na hora de repensar o assunto, não acham?



Vídeo de cultura urbana e consumo consciênte realizado em três capitais do Brasil por Carmencita Job.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Brasil. O maior consumidor de agrotóxicos agrícolas


A nanotecnologia oferece novas oportunidades para indústrias ligadas à cadeia de produção agrícola, mas pode gerar enormes riscos para saúde e o meio ambiente. "Como são regidas pelas leis da física quântica, as nanopartículas apresentam comportamentos distintos dos habituais para materiais em escala macroscópica. Testes de laboratório mostraram, por exemplo, que nanopartículas de óxidos de metais podem penetrar nas células e danificar o DNA. Devido ao tamanho diminuto, partículas não são retidas pela barreira do cérebro ou pela da placenta", adverte a fundadora do Centro Ecológico do município de Ipê, Rio Grande do Sul.

Em entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line, a pesquisadora assinala que genes de plantas geneticamente modificadas são transferidos para bactérias intestinais humanas. No caso dos cultivos Bt, ressalta, "nos quais toda a planta é transformada num agrotóxico pela transgenia, se os genes Bt forem transferidos, eles poderiam fazer nossas bactérias intestinais tornarem-se fábricas vivas de agrotóxicos". Com isso, destaca, aumenta a probabilidade de os transgênicos serem responsáveis por doenças toxológicas.

Para Maria José, a expansão da fronteira agrícola brasileira "é uma das causas do aumento do consumo de agrotóxicos juntamente com os cultivos de transgênicos" no país. E acrescenta: "Não por coincidência, algumas das maiores empresas de sementes do mundo, que controlam grande parte do mercado mundial de sementes proprietárias estão também entre as maiores empresas de agrotóxicos do mundo, como a Monsanto, a Dupont, a Bayer e a Syngenta".

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Acesse o vídeo do Bom Dia Brasil, aqui!

domingo, 7 de junho de 2009

Telhados verdes


Já bastante populares em países escandinavos, os "telhados verdes" com uma longa história também na Alemanha, aos poucos estão conquistando adeptos na América Latina, a exemplo do Mexico, onde a implantação de jardins nos telhados das edificações têm despertado interesse e aceitação.

Além do México, onde o governo estuda a criação de leis que regulamentam a “naturação” em grande escala" “os telhados verdes” começam a surgir também na Bolívia e em Cuba, onde pesquisadores buscam soluções para as condições tropicais que lhe são inerentes, em espaços urbanos densamente habitados.

Na Universidade Humboldt de Berlim, com financiamento da União Européia, foi criada uma rede de cooperação entre instituições acadêmicas envolvendo pesquisadores de universidades da Alemanha, Brasil, Espanha, Grécia, Bolívia, Cuba, México e Equador.
voltada para a pesquisa sobre o melhor tipo de vegetação a ser utilizado em cada "telhado verde" onde através de experimentos práticos os especialistas dessas universidades trocam informações constantes.

A ideia é transformar os "telhados verdes" em pequenos pulmões das grandes cidades criando corredores que facilitem a circulação atmosférica, melhore o microclima, reduza o consumo de energia, provoque um decréscimo no uso do ar condicionado em regiões quentes e isolem o frio em regiões com invernos rigorosos, já que sob um telhado coberto de vegetação, as baixas temperaturas demoram mais para chegar aos espaços internos, um problema de pouca importância para (regiões litorâneas) do Brasil, mas essencial para países europeus e regiões montanhosas do México e Bolívia.

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sábado, 6 de junho de 2009

Conheça causas do efeito estufa e iniciativas para salvar a Terra



Globo News Especial
(31/05/2009)

Veja a responsabilidade do ser humano nas mudanças climáticas e o que ainda é possível fazer para melhorar a vida das gerações futuras.

Produção: Globo News

Marina pede que Lula vete três artigos da MP da Amazônia


A senadora Marina Silva (PT-AC) enviou uma carta aberta ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, pedindo o veto de três artigos da medida provisória (MP) que permite a regularização de terras na Amazônia Legal. A matéria - aprovada no Senado sob a forma de um projeto de lei de conversão - será enviada ao presidente para sanção.

“Da forma como foi aprovada,
a proposta representa a legalização da grilagem”

declarou ela ao anunciar a carta, nesta quinta-feira (4).

Segundo Marina Silva, um dos objetivos dos vetos é impedir que “aqueles que promovem a grilagem de terras, e colocam prepostos [laranjas] para cuidar dessas áreas, possam agora regularizá-las”. A senadora ressaltou que os grileiros e os prepostos não podem ser confundidos com os posseiros - na quarta-feira, durante a votação da matéria, ela disse que um dos riscos da nova lei é que “aqueles que cometeram o crime de apropriação de terras públicas, os grileiros, sejam anistiados e confundidos com posseiros de boa fé”.

Outro objetivo dos vetos, destacou ela, é garantir que a vistoria - “o instrumento mais importante de controle do processo de regularização fundiária” - seja aplicada inclusive para as terras com até quatro módulos fiscais (na região, um módulo fiscal equivale a cerca de 76 hectares). Marina lembrou que o texto aprovado no Senado dispensa da vistoria as áreas com até quatro módulos fiscais, que, segundo ela, “também podem apresentar irregularidades, inclusive com a presença de laranjas”. No caso de terras de até um módulo fiscal, a parlamentar explicou que a dispensa da vistoria poderá ser concedida pelo governo durante o processo de regularização.

Além disso, os vetos também visam limitar a regularização de terras para as pessoas jurídicas que possuam outras propriedades rurais. Nesse caso, ela argumentou que há, na matéria aprovada pelo Senado, “uma anomalia difícil de ser percebida”.

- Quem tiver várias empresas pode regularizar 1,5 mil hectares por cada empresa. E ainda poderá regularizar a si próprio como pessoa física - disse, acrescentando que “são formas de burlar [a lei]”.

Retrocesso

Ao ser questionada sobre os possíveis impactos da nova lei sobre o meio ambiente e sobre a Amazônia, a senadora declarou que o texto, da forma como foi aprovado, “provocará um imenso retrocesso no processo de regularização fundiária que, timidamente, começava a avançar”. Ela afirmou que, com a lei, 20% dos proprietários da região (”os grandes e médios proprietários”) ficarão com aproximadamente 72% da área total, enquanto “os pequenos”, que possuem terras de um a quatro módulos fiscais, ficarão com apenas 11,5% da área total.

- E os pequenos representam 80% dos proprietários da região - frisou.

Também conhecida como MP da Amazônia, essa matéria tramitou inicialmente como MP 458/09. Após ser modificada na Câmara dos Deputados, passou a tramitar como projeto de lei de conversão (PLV) 9/09. (Fonte: Agência Senado)

sexta-feira, 5 de junho de 2009

ONGs criticam “desmonte da política ambiental brasileira”


Um grupo de 23 ONGs aproveitou as comemorações da Semana do Meio Ambiente no país para assinar uma “nota pública contra o desmonte da política ambiental brasileira”.

- Esta não é uma ocasião para se comemorar. É sim momento de repúdio à tentativa de desmonte do arcabouço legal e administrativo de proteção ao meio ambiente arduamente construído pela sociedade nas últimas décadas - afirma a nota.

Segundo as ONGs, as recentes medidas dos poderes Executivo e Legislativo, já aprovadas ou em processo de aprovação, demonstram claramente que a lógica do crescimento econômico a qualquer custo vem solapando o compromisso político de se construir um modelo de desenvolvimento socialmente justo, ambientalmente adequado e economicamente sustentável. Continue lendo!

De quanto espaço você realmente precisa?


Quando foi a última vez que você se perguntou quanto espaço você realmente precisa para se sentir confortável? 250, 500, 1000, 2000, 3000 metros quadrados. Enquanto várias pessoas são conscientes de seus estilos de vida e seus respectivos impactos no meio ambiente, algumas nunca consideram o desperdício de espaço promovido por suas residências.

Dos anos 50 até agora, as casas aumentaram de tamanho em aproximadamente 140%. Se mudar para uma casa maior se tornou popular entre muitos. Ainda mais quando o tamanho da casa representa para muitos o sucesso, para comprovar basta observar as casas dos ricos e famosos.

O problema com esta maneira de pensar é que todos aqueles metros cúbicos extras de espaço acabam resultando não só em um custo inicial maior, em mais materiais de construção e resíduos, mas também em maior consumo de energia, gás, água, mais materiais de limpeza, mais manutenção e outras coisas para preencher o espaço extra.

O maior nem sempre é o melhor. E é deste jeito que as coisas costumavam ser. Nos últimos anos porém, uma nova tendência, que reflete o colapso das residências, o aumento do custo da energia e a maior concientização ambiental, está crescendo. As pessoas não mais sonham com casas maiores e melhores, mas sim com menores e mais eficientes.

De acordo com a Associação Americana de Construtores, 60% dos compradores estão procurando diminuir os seus espaços ao invés de construir mais metros quadrados. Essa é uma grande mudança de fatores das escolhas pessoais típicas dos americanos que estão aprendendo a lição que às vezes “menos é mais”.

Designers e construtores estão também seguindo esta tendência e começando a oferecer planos menores para os compradores. E geralmente os metros quadrados a menos permitem que os compradores custeiem equipamentos como painéis solares, janelas e pisos de alta qualidade, e outros itens que tornam a casa mais eficiente.

Mas o tamanho importa realmente importa? O objetivo desta tendência é que esses espaços menores sejam utilizados ao máximo e tornem a vida mais fácil e ainda mais prazerosa. Você acha que é capaz de viver melhor em uma casa menor, ou você necessita dos metros quadrados extra? (Blog Ambiente Brasil)

quinta-feira, 4 de junho de 2009

‘Amazônia para Sempre’ entrega a Lula manifesto com 1 milhão de assinaturas


Christiane Torloni e Victor Fasano apresentaram vídeo ao presidente. Vitor Fasano defendeu a criação de uma ‘ciência da floresta’.

Os atores Christiane Torloni e Victor Fasano entregaram nesta quinta-feira (4) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um manifesto organizado pelo movimento “Amazônia para Sempre” com um milhão de assinaturas em defesa da floresta. “O presidente não só assinou [o manifesto], como assinou ao lado [da assinatura] do Pelé”, disse a atriz.

Os atores disseram ter conversado com o presidente sobre a criação de um “PAC ambiental”, e a criação de uma “universidade da floresta”. “Queremos que o seringueiro e o filho do seringueiro sejam PhD em floresta, que o índio e o filho do índio sejam experts na criação de peixes. Queremos criar uma ciência da floresta”, disse Fasano. Na reunião, os atores apresentaram a Lula um vídeo sobre a região.

Christiane Torloni defendeu também a criação de varas judiciais ambientais, para tratar de questões relacionadas ao meio ambiente. Sobre a MP da Amazônia, quer permite ao governo doar ou vender terras sem licitação na região, a atriz disse que “não se pode dar terras a grileiros”. A MP foi aprovada nesta quarta (3) no Senado, com alterações em relação à proposta original, defendida pela área ambiental.

“Há nove meses, esperamos por este momento [de entregar o manifesto com um milhão de assinaturas]. Não pode ser uma coincidência”, afirmou a atriz, referindo-se à votação da MP no Senado e ao dia mundial do meio ambiente, comemorado nesta sexta (5).

O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) disse, após a reunião com os atores e o presidente Lula, que vai propor mudanças na MP.

(fonte: G1)

Senado aprova legalização de terras griladas na Amazônia


Numa sessão tensa e marcada por protestos da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (PT-AC), o Senado aprovou na noite desta quarta-feira a MP 458, que permite a legalização de terras griladas na Amazônia de até 1.500 hectares. A proposta foi apresentada pelo governo como solução para a regularização fundiária na floresta e teve apoio da bancada ruralista e da oposição.

O resultado foi uma vitória da senadora Katia Abreu (DEM-TO), relatora da MP e uma das principais porta-vozes do agronegócio no Congresso. Ela manteve o texto aprovado em maio na Câmara, sob críticas dos ambientalistas e elogios do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Por apenas dois votos, o Senado rejeitou duas emendas de Marina que restringiam as chances de titulação das terras ocupadas ilegalmente.

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Cai MP 452 que dispensava licenciamento ambiental para obras viárias

(trecho da BR-319, rodovia que liga Manaus a Porto Velho.)

Brasília, DF - Brasil — A votação foi obstruída por falta de quórum e a Medida perde sua validade na próxima segunda-feira.

Caiu a primeira medida do pacotão anti-ambiental eleitoral do governo. Por falta de quórum, foi obstruída nesta quarta-feira (27/5) no Senado a votação da Medida Provisória 452, que destina R$ 14 bilhões para o Fundo Soberano Brasileiro. A MP é a mesma que teve incluída em seu texto a emenda que dispensa a licença ambiental prévia para obras em rodovias brasileiras.

Como a MP perdeu sua validade nesta segunda-feira (1º de junho), não há mais tempo hábil para uma nova votação, já que o texto foi modificado e deveria voltar para a Câmara dos Deputados.

Para Nilo D'Ávila, coordenador de Políticas Públicas do Greenpeace, iniciativas como a MP 452, a MP da Grilagem e as propostas de alteração no Código Florestal vão na contra-mão das metas de redução de desmatamentos assumidas internacionalmente pelo governo brasileiro no Plano Nacional de Mudanças Climáticas.

"O governo tem um discurso mais verde para uso externo e outro, bem mais sombrio, para ser usado dentro do país. A queda da MP 452 veio em boa hora, já que as coisas não estavam se encaminhando bem", diz Nilo, lembrando que o relator da Medida, senador Eliseu Resende, havia acrescentado "mais uma dose de maldade na história toda" leia aqui!

Greenpeace

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Câmara deve votar esta semana a proibição de animais em circos


Está prevista para hoje, 03, a votação do substitutivo do Projeto de Lei 7.291/2006, que proíbe a utilização de animais em espetáculos de circo. A matéria deve ser analisada na Comissão de Educação e Cultura.

Cinco estados já proíbem o uso de animais em circo: Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Paraíba, além de mais de sessenta cidades. Em Juiz de Fora (MG), o projeto já foi aprovado pelos vereadores e segue para sanção do prefeito.

Em Santa Catarina, o município de Joaçaba, também tramita um projeto semelhante. A Câmara Municipal da cidade questiona a proibição disponibilizando uma enquete em seu site, que pode ser acessado no endereço: http://www.cmj.sc.gov.br/index.php.

Os animais resgatados são encaminhados para entidades e associações, como o Rancho dos Gnomos, localizado em Cotia (SP). O local abriga cerca de 500 animais. Na última segunda-feira, 01, o Santuário foi procurado pelo IBAMA do Distrito Federal para encaminhamento de três leões que estão no Pará, no Circo de Miami.

Outro local que abriga animais resgatados é o Santuário do GAP em Sorocaba, também no interior de São Paulo. Amanhã o santuário deve receber o tigre Simba, que trabalhou muitos anos em circo. Ele parte de Vitória da Conquista, na Bahia. O animal apreendido estava sob os cuidados do Ibama da Bahia, mas não contava com local apropriado.

Ambiente Brasil

terça-feira, 2 de junho de 2009

Ainda ouvimos absurdos sobre a dieta vegetariana


Segundo a ADA (American Dietetic Association) e nutricionistas do Canadá em seu posicionamento sobre dietas vegetarianas de 2003 encontramos o seguinte parecer:

“Os profissionais da nutrição têm a responsabilidade de apoiar e encorajar os que demonstram interesse pelo consumo de uma dieta vegetariana.”

Textos da ADA de 1997 já afirmavam que a dieta vegetariana pode ser utilizada em todas as etapas da vida (incluindo a gestação e a infância). Cerca de 8 anos após ainda ouvimos absurdos sobre a dieta vegetariana. E o que é pior: por profissionais ligados à área de nutrição.

Baixe o artigo aqui!

Autor: Dr Eric Slywitch

Informação é tudo!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Abaixo-assinado contra a MP 452 que acabará com as florestas



A Câmara dos Deputados aprovou na semana passada uma medida feita sob encomenda para acelerar as obras de infra-estrutura previstas no PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), capitaneado pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

Em um ato de oportunismo político, o deputado petista José Guimarães (CE) “enxertou” na Medida Provisória (MP) 452 uma emenda que dispensa de licenciamento ambiental prévio as obras em rodovias brasileiras.
Originalmente, a MP 452 tinha como propósito modificar a lei que cria o Fundo Soberano do Brasil (FSB). Como se não bastasse, a emenda estabelece ainda prazo máximo de 60 dias para a concessão da licença de instalação. Ao final desse prazo, a licença será automática.

A destruição da Amazônia não provoca apenas perda acelerada da biodiversidade e impactos no modo de vida da população local.
O desmatamento é também a principal fonte de emissões de gases do efeito estufa no Brasil, colocando o país na posição de quarto maior poluidor do clima global.

Várias iniciativas como essa e o Projeto Floresta Zero, em tramitação no Congresso Nacional, colocam em xeque as metas de redução de desmatamento assumidas internacionalmente pelo governo brasileiro no Plano Nacional de Mudanças Climáticas. A MP 458 segue agora para o Senado e, se aprovada, pode causar danos sem precedentes ao meio ambiente, em particular à Amazônia e ao clima global.

O futuro da floresta – e das futuras gerações – depende das escolhas que fazemos hoje.

Diga aos senadores que você é contra a aprovação desta emenda e a favor do desmatamento zero.

Zerar o desmatamento é a principal contribuição do Brasil na luta contra as mudanças climáticas.

Clique aqui!
participe e divulgue!

Leia mais: Para Marina Silva, MP da Amazônia beneficia grileiros!

Assista o debate sobre as alterações no Código Florestal!