domingo, 30 de janeiro de 2011

"Se os abatedouros tivessem paredes de vidro..."



No vídeo "Glass Walls" (Paredes de Vidro), produzido pela PETA, Paul McCartney expõe de forma detalhada e contundente a indústria de carnes, ovos e leite.

Legendado por Aline Caliman e Guilherme Carvalho.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

MPF do Pará vai à Justiça contra licença de Belo Monte

Ibama 'concedeu' autorização para canteiro de obras nesta quarta-feira

A hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, será uma das maiores do mundo

Licença, na avaliação do MPF, foi emitida de forma precária pelo Ibama (Eduardo Knapp/Folha Imagem)

A licença parcial é considerada ilegal pelo MPF porque as condicionantes previstas na licença prévia não estão sendo cumpridas

O Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA) entrou nesta quinta-feira na Justiça com uma ação questionando a licença de instalação parcial para a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), concedida na quarta pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e que autoriza a instalação do canteiro e outras obras preparatórias.

A licença parcial é considerada ilegal pelo MPF porque as condicionantes previstas na licença prévia não estão sendo cumpridas.

O procurador da República no Pará, Ubiratan Cazzeta, informou que a ação civil pública pede a suspensão da licença, que na avaliação do MPF, foi emitida de forma precária pelo Ibama. “Uma obra desse porte, com esses custos sociais, não pode ser iniciada repetindo os erros do passado”, comparou.

O Ibama informou que o documento autoriza a montagem da infraestrutura para a obra, que ainda passa por análise antes da concessão da licença definitiva, ainda sem prazo.

Histórico – O processo de licenciamento tem sido conturbado. Ecologistas, membros da Igreja Católica, representantes de povos indígenas e ribeirinhos e analistas independentes argumentam que o impacto ambiental e social da instalação da hidrelétrica foi subestimado.

As críticas também se direcionam à alegada ineficiência da hidrelétrica, haja vista que sua produção cairá drasticamente nos meses de seca no Rio Xingu. Embora sua capacidade total instalada prevista seja de 11 233 Megawatts (MW), a energia assegurada será de 4 571 Megawatts (MW), em média.

Há divergências também sobre o custo estimado da obra: a iniciativa privada acredita em um custo de até 30 bilhões de reais e o governo, de 25 bilhões de reais.

Fonte

Vamos apoiar esta causa clicando aqui!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Diferenças entre ecologia rasa e profunda


A ecologia rasa é antropocêntrica, ou centralizada no ser humano. Ela vê os seres humanos como situados acima ou fora da natureza, como a fonte de todos os valores, e atribui apenas um valor meramente instrumental, ou de "uso", à natureza.

A ecologia profunda não separa seres humanos - ou qualquer outra coisa - do meio ambiente natural. Ela vê o mundo não como uma coleção de objetos isolados, mas como uma rede de fenômenos que estão fundamentalmente interconectados e interdependentes. A ecologia profunda reconhece o valor intrínseco de todos os seres vivos e concebe os seres humanos apenas como um fio particular na teia da vida.

Trechos retirados de "A Teia da Vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos", Capra, F.

Leia mais: O Que é Ecologia Profunda? - Por uma ecologia profunda e revolucionária - Ecologia Profunda: Um Novo Paradigma

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Vegetarianos são mais saudáveis


O posicionamento da ADA (American Dietetic Association) e nutricionistas do Canadá de 2003 reúne os principais estudos científicos sérios sobre vegetarianismo.
Confira os resultados:


- Redução das mortes por infarto (doença cardíaca isquêmica) em 31% em homens vegetarianos e 20% em mulheres vegetarianas (estudo com 76 mil indivíduos).

- Comparando a mortalidade por doenças cardíacas entre vegetarianos e semivegetarianos (no estudo considerado como consumidor de peixe ou carne 1 vez por semana), a mortalidade também é menor em vegetarianos.

- Níveis sangüíneos de colesterol 14% mais baixos em ovo-lacto-vegetarianos do que nos comedores de carne.

- Níveis sangüíneos de colesterol 35% mais baixos em veganos do que nos comedores de carne.


- Menor pressão arterial (redução de 5 a 10 mmHg) nos vegetarianos.

- Redução de até 50% do risco de apresentar diverticulite nos vegetarianos.

- Redução de até 50% do risco de apresentar diabetes nos vegetarianos.- Probabilidade duas vezes menor de apresentar pedras na vesícula nas mulheres vegetarianas (estudo com 800 mulheres entre 40 e 69 anos).

- Os não vegetarianos têm um risco 54% maior de ter câncer de próstata.

- Os não vegetarianos têm um risco 88 % maior de ter câncer de intestino grosso (cólon e reto). Obs - a carne vermelha ou branca está vinculada (de forma independente) com o risco aumentado de câncer de intestino grosso.

- Redução da incidência de obesidade, um problema mundialmente preocupante.

- Osteoporose: mulheres após a menopausa com dieta rica em proteína animal e pobre em proteína vegetal têm taxa mais alta de perda óssea e risco muito maior de ter fratura de quadril. Obs- Ainda não podemos afirmar que a dieta vegetariana protege da osteoporose.

- Pelo menor teor de proteínas e por melhorar os lipídios sangüíneos, a dieta vegetariana pode ser benéfica para os que sofrem de doença renal (principalmente os que não fazem diálise e apresentam diurese).

- Aparentemente, o consumo de carne aumenta em até 3 vezes as chances de desenvolver demência cerebral.

- Aparentemente, uma dieta vegetariana sem derivados animais e com predominância de alimentos crus reduz os sintomas de fibromialgia.

Atenção: podemos falar em prevenção e auxílio no tratamento de determinadas doenças com a dieta vegetariana.

A Sociedade Vegetariana Brasileira não corrobora a alegação de que o vegetarianismo cura doenças. Não existe embasamento científico até o momento para se afirmar isso.


Profissionais de saúde:


Confiram as informações passadas através do artigo: Position of the American Dietetic Association and Dietitians of Canadá: Vegetarian diets. J Am Diet Assoc. 2003;103:748-765. Todas as referências dos dados fornecidos acima estão embutidas nesse artigo. www.svb.org.br/artigos/artigos.htm)


Dr. Eric Slywitch
*Médico, coordenador do departamento científico da Sociedade Vegetariana Brasileira. Especialista em nutrologia (ABRAN) e nutrição enteral e parenteral (SBNPE). Pós graduado em nutrição clínica (GANEP). Especialista em nutrição vegetariana.


Fonte: Alimentação sem Carne

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Mais um expressivo reconhecimento


Associação Dietética Americana passa a indicar a dieta vegetariana na prevenção de doenças.

Seguir uma dieta vegetariana pode ser uma boa maneira de diminuir o risco de doenças crônicas como diabetes, obesidade, hipertensão e câncer, afirma a Associação Dietética Americana (ADA), que publicou esta semana uma atualização de suas recomendações sobre alimentação saudável no "Journal of the American Dietetic Association". Segundo os nutricionistas da ADA, não há dúvidas de que uma dieta vegetariana bem planejada é uma opção saudável para crianças, adolescentes e adultos.
" As dietas vegetarianas são eficazes em todas as fases da vida, incluindo na gravidez, na lactação, na primeira infância, na adolescência e para atletas "

"A Associação Dietética Americana reconhece que uma dieta vegetariana bem planejada, incluindo o vegetarianismo completo (que exclui todo tipo de carne e ovos) e o veganismo (que exclui carnes, ovos e laticínios), pode ser saudável, nutricionalmente completa e traz benefícios na prevenção e no tratamento de certas doenças. As dietas vegetarianas são eficazes em todas as fases da vida, incluindo na gravidez, na lactação, na primeira infância, na adolescência e para atletas", divulgaram em nota os nutricionistas Winston Craig e Reed Mangels, conselheiros da ADA.

Os nutricionistas aproveitaram para enfatizar o bom resultado de inúmeros estudos que ligam uma dieta com menos carne a um risco menor de uma série de doenças. Quem é vegetariano ou exclui a carne do cardápio alguns dias da semana tem menos colesterol alto, problemas cardiovasculares, hipertensão e diabetes tipo 2, afirmaram Craig e Reed. Quem segue este tipo de dieta também tende a comer menos gorduras saturadas e mais fibras.

As informações completas sobre as novas recomendações da ADA podem ser encontradas no site www.eatright.org .

Fonte: O Globo

É possível sim ser vegetariano e saudável

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Pratos coloridos só no mundo vegetal



Dieta das cores previne doenças

Vermelho, amarelo, roxo, verde e branco. Cinco cores fazem um prato rico em nutrientes, que podem reforçar o sistema imunológico. As cores previnem doenças cardiovasculares, pressão alta e anemia.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Estamos caminhando para uma sociedade vegetariana?

Estamos caminhando para uma sociedade vegetariana?





As sementes de tremoço rendem uma suspensão de proteínas puras, adequada para a produção de alimentos industrializados com baixíssimos níveis de gordura.



Cientistas alemães isolaram uma suspensão de proteínas puras a partir das sementes de tremoço, adequada para a produção de alimentos industrializados com baixíssimos níveis de gordura e sem compostos animais. Leia mais aqui!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Precisamos enxergar as causas , não os efeitos desta tragégia


Não é a chuva que deve ir para a cadeia, artigo de Marcos Sá Correa

“O remédio é responsabilizar homens públicos como pessoas físicas pelos crimes que cometem contra a vida. Às vezes em série, como acaba de acontecer na Região Serrana do Rio de Janeiro.”


Das surpresas do clima quem pode falar por todos os políticos com conhecimento de causa são os faraós egípcios. Eles, como o ex-presidente Lula, agiam como enviados do céu à terra. E, ao contrário do ex-presidente Lula, não falam desde que saíram de cena, a não ser por intermédio de escribas e hieroglifos.

Mas, como encarnações do sol, se o sol fracassava lá em cima eram arrancados do trono cá embaixo, surrados e cuspidos no fundo do Nilo. Tudo porque o rio deixava de inundar o delta que nutria seu reino agrícola. Lá, o regime político mudava conforme o regime do rio. Tornava-se violento e insurreto até o Nilo voltar à normalidade, irrigando uma nova dinastia.

As vítimas dessas tragédias políticas e climáticas não tinham, na época, como saber que as cheias do Nilo eram regidas pelas chuvas de monção do Sudeste Asiático, que por sua vez dependiam de ventos conjurados pela temperatura das águas no Oceano Pacífico, do outro lado da terra, na costa da América do Sul, um lugar mais distante que o sol do cotidiano egípcio.

O culpado da desordem era um fenômeno natural que só entrou há duas décadas no noticiário internacional, com o nome de El Niño. Mas deixar o clima fazer seus estragos à solta, em Tebas ou Menfis, tinha custo político, porque da regularidade do rio dependiam vidas humanas. O preço era injusto, cruel e exorbitante. Como é injusto, e talvez seja também cruel e exorbitante, que hoje não se processe no Brasil, por homicídio culposo, o político que patrocina baixas evitáveis e supérfluas em encostas carcomidas e vales entulhados por ocupações criminosas.

No dia em que um prefeito, olhando as nuvens no horizonte, enxergar a mais remota possibilidade de ir para a cadeia pelas mortes que poderia impedir e incentivou, as cidades brasileiras deixariam aos poucos de ser quase todas, como são, feias, vulneráveis e decrépitas. De graça, ou com o dinheiro virtual do PAC, os políticos não consertarão nunca a desordem que os elege.

Não adianta ameaçá-los com ações contra o Estado ou a administração pública, porque o Estado e a administração pública, na hora de pagar a conta, somos nós, os contribuintes. O remédio é responsabilizar homens públicos como pessoas físicas pelos crimes que cometem contra a vida. Às vezes em série, como acaba de acontecer na Região Serrana do Rio de Janeiro.

O resto é conversa fiada. Ou, pior, papo de verão em voo de helicóptero, que nessas ocasiões poupa às autoridades até o incômodo de sujar os sapatos na lama. Pobres faraós. O longo e virtuoso caminho civilizatório que nos separa de seu linchamento está nos levando de volta à impunidade anárquica das entressafras dinásticas, quando a favelização lambia até as suntuosas muralhas de Luxor.

Linchar um político não é a mesma coisa que malhar seus projetos. E os brasileiros estão perdendo mais uma chance de bater com força no projeto de lei número 1.876/99, que o deputado Aldo Rabelo transfigurou, para enquadrar o Código Florestal nos princípios do fato consumado. Ele reduz à metade as áreas de preservação em margens de rio, dispensa da reserva legal propriedades pequenas ou médias e consolida os desmatamentos ilegais. Nunca foi tão fácil saber aonde ele quer chegar com isso, folheando as fotografias aéreas das avalanches em Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo. Dá para ver nas imagens o que havia antes nos pontos mais atingidos. É o que o novo Código Florestal vai produzir no campo. Mais disso.

Marcos Sá Correa é jornalista e fotógrafo. Formou-se em História e escreve na revista Piauí e no jornal O Estado de S. Paulo. Foi editor de Veja e de Época, diretor do JB, de O Dia e do site NO. É pai de Rafael Corrêa, colunista de O Eco.

Artigo publicado em O Estado de S.Paulo.

Lendo este artigo lembrei da máxima: "quando o marido vai sozinho ao cinema a culpa é de quem, do cinema"?

Um exemplo raro de compaixão pelos animais



O analista de sistemas Egon Budag desafiou a natureza para resgatar seus cavalos e cães ameaçados pela enchente que atingiu Santa Catarina.

Imagens da terra arrasada. A tragédia em Santa Catarina deixou mais de 130 mortos. Ainda há dor e destruição até onde a vista alcança. O Morro do Baú, no município de Ilhota, foi uma das regiões mais atingidas. Joelma e o analista de sistemas Egon Budag viveram todo o drama da enchente. Na chegada ao sítio onde o casal morava dá para notar a alegria dos cavalos.

Na nossa ausência, eles ficam preocupados. Quando alguém vem, é aquela festa, conta Egon.

sábado, 15 de janeiro de 2011

O preço de não escutar a natureza


O cataclisma ambiental, social e humano que se abateu sobre as três cidades serranas do Estado do Rio de Janeiro, Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, na segunda semana de janeiro, com centenas de mortos, destruição de regiões inteiras e um incomensurável sofrimento dos que perderam familiares, casas e todos os haveres tem como causa mais imediata as chuvas torrenciais, próprias do verão, a configuração geofísica das montanhas, com pouca capa de solo sobre o qual cresce exuberante floresta subtropical, assentada sobre imensas rochas lisas que por causa da infiltração das águas e o peso da vegetação provocam frequentemente deslizamentos fatais.

Culpam-se pessoas que ocuparam áreas de risco, incriminam-se políticos corruptos que destribuíram terrenos perigosos a pobres, critica-se o poder público que se mostrou leniente e não fez obras de prevenção, por não serem visíveis e não angariarem votos. Nisso tudo há muita verdade. Mas nisso não reside a causa principal desta tragédia avassaladora.

A causa principal deriva do modo como costumamos tratar a natureza. Ela é generosa para conosco pois nos oferece tudo o que precisamos para viver. Mas nós, em contrapartida, a consideramos como um objeto qualquer, entregue ao nosso bel-prazer, sem nenhum sentido de responsabilidade pela sua preservação nem lhe damos alguma retribuição. Ao contrario, tratamo-la com violência, depredamo-la, arrancando tudo o que podemos dela para nosso benefício. E ainda a transformamos numa imensa lixeira de nossos dejetos.

Pior ainda: nós não conhecemos sua natureza e sua história. Somos analfabetos e ignorantes da história que se realizou nos nossos lugares no percurso de milhares e milhares de anos. Não nos preocupamos em conhecer a flora e a fauna, as montanhas, os rios, as paisagens, as pessoas significativas que ai viveram, artistas, poetas, governantes, sábios e construtores.

Somos, em grande parte, ainda devedores do espírito científico moderno que identifica a realidade com seus aspectos meramente materiais e mecanicistas sem incluir nela, a vida, a consciência e a comunhão íntima com as coisas que os poetas, músicos e artistas nos evocam em suas magníficas obras. O universo e a natureza possuem história. Ela está sendo contada pelas estrelas, pela Terra, pelo afloramento e elevação das montanhas, pelos animais, pelas florestas e pelos rios. Nossa tarefa é saber escutar e interpretar as mensagens que eles nos mandam. Os povos originários sabiam captar cada movimento das nuvens, o sentido dos ventos e sabiam quando vinham ou não trombas d'água. Chico Mendes com quem participei de longas penetrações na floresta amazônica do Acre sabia interpretar cada ruído da selva, ler sinais da passagem de onças nas folhas do chão e, com o ouvido colado ao chão, sabia a direção em que ia a manada de perigosos porcos selvagens. Nós desaprendemos tudo isso. Com o recurso das ciências lemos a história inscrita nas camadas de cada ser. Mas esse conhecimento não entrou nos currículos escolares nem se transformou em cultura geral. Antes, virou técnica para dominar a natureza e acumular.

No caso das cidades serranas: é natural que haja chuvas torrenciais no verão. Sempre podem ocorrer desmoronamentos de encostas. Sabemos que já se instalou o aquecimento global que torna os eventos extremos mais freqüentes e mais densos. Conhecemos os vales profundos e os riachos que correm neles. Mas não escutamos a mensagem que eles nos enviam que é: não construir casas nas encostas; não morar perto do rio e preservar zelosamente a mata ciliar. O rio possui dois leitos: um normal, menor, pelo qual fluem as águas correntes e outro maior que dá vazão às grandes águas das chuvas torrenciais. Nesta parte não se pode construir e morar.

Estamos pagando alto preço pelo nosso descaso e pela dizimação da mata atlântica que equilibrava o regime das chuvas. O que se impõe agora é escutar a natureza e fazer obras preventivas que respeitem o modo de ser de cada encosta, de cada vale e de cada rio.

Só controlamos a natureza na medida em que lhe obedecemos e soubermos escutar suas mensagens e ler seus sinais. Caso contrário teremos que contar com tragédias fatais evitáveis.

Leonardo Boff, escritor e teólogo residente na cidade de Petrópolis, RJ.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Precisamos nos mobilizar gente

PARE BELO MONTE: NÃO À MEGA USINA NA AMAZÔNIA



Para Presidente Dilma Rousseff:
"Nós pedimos que a senhora impeça a construção do Complexo Hidrelétrico de Belo Monte. Ao invés deste projeto desastroso do ponto de vista ambiental, social e econômico, por favor, invista em eficiência energética e fontes verdadeiramente limpas e renováveis; proteja os direitos de populações indígenas e comunidades locais; e apoie o desenvolvimento sustentável que protege vidas e ecossistemas."

Vamos nos mobilizar gente e assinar a petição clicando aqui!


quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O perigo dos agroTÓXICOS no Brasil


Venenos agrícolas matam, artigo de Julio Cesar Rech Anhaia


“Nós permitimos que esses produtos químicos fossem
utilizados com pouca ou nenhuma pesquisa prévia
sobre seu efeito no solo, na água, animais
“selvagens e sobre o próprio homem”.


(Primavera Silenciosa – Silent Spring Rachel Carson)

O termo “veneno’’ deriva da experiência concreta do trabalhador rural, e em nossa opinião, constitui a mais digna e acurada denominação para tais produtos, que, desde o inicio da utilização dos biocidas no meio rural, vem observando além de seus efeitos previstos, matarem pragas, também seus efeitos nocivos à saúde humana e animal.

A tecnologia imposta pela Revolução Verde, a partir dos anos 60, fundamentada na melhoria do desempenho dos índices de produção agrícola, e disseminada entre os agricultores maximizou, num primeiro momento, a produtividade, porém criou estreita dependência a essa tecnologia, fazendo aumentar o custo da produção agrícola.

Socialmente, a Revolução Verde representou uma grande ilusão, pois aumentou a concentração de terra e tornou precária a vida dos pequenos agricultores descapitalizados, como também não solucionou o problema da fome no mundo.

Ambientalmente, essa revolução provocou intenso processo erosivo, perda da fertilidade dos solos, perda da diversidade genética e utilização de matriz energética fóssil, altamente poluente, contaminação dos recursos hídricos, solo, alimentos, animais e o próprio homem, pelos venenos agrícolas.

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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Sinta a energia dos sucos naturais



Sucos funcionais podem combinar frutas, legumes e verduras


Uma maneira de repor nutrientes é tomar sucos que trazem combinações, com couve, agrião, beterraba e cenoura.


Uma maneira de repor nutrientes é tomar sucos que trazem combinações, por exemplo, com couve. Segundo especialistas, ela é fonte de fibras, produz relaxamento muscular e tem cálcio, importante para a formação dos ossos.

"É interessante, por exemplo, utilizar, o agrião, a beterraba, a cenoura e incorporar esses legumes e verduras nos sucos do dia a dia", diz Fernando Aislan Ferreira, nutricionista.

Você pode fazer cubos de legumes e verduras para facilitar na hora de misturar. Bata a couve no liquidificador com um pouco de água e coloque para gelar e pequenas porções.

Suco energético

Para fazer um suco energético use meia manga grande. A fruta é rica em vitamina A, um potente antioxidante que ajuda a neutralizar os radicais livres, que favorecem o envelhecimento.

Acrescente quatro cubos de couve e duas colheres de linhaça por copo de suco. Ela é rica em fibras, que ajudam no funcionamento do intestino e também é riquíssimo em ômega 3, um nutriente fundamental pra saúde do cérebro.

Pra completar, o açúcar mascavo, rico em vitamina E, minerais e ajuda a completar o valor energético no suco. Bata tudo com um copo de água mineral.

Suco refrescante

O suco refrescante também leva cubos de couve e uma lasquinha de gengibre.

O gengibre tem um aspecto anti-inflamatório na prevenção de várias doenças, entre elas o câncer. O gengibre tem um sabor que dá frescor e é muito saboroso.

Por último um copo de suco de laranja para garantir a quantidade ideal de vitamina C do dia. Para adoçar, uma colher de sopa de mel.

Suco para fixar o bronzeado

Há ainda o suco para fixar o bronzeado e proteger a pele. Basta uma fatia de melancia, rica em licopeno, que atua como um protetor da pele para esses raios ultravioletas, que aumentam a produção de radical livre na nossa pele.

Misture uma cenoura rica em betacaroteno, que acelera a produção de melanina responsável pela pigmentação da pele.

Utilize a castanha-do-pará ou a castanha do Brasil, por causa do selênio, que é importante como antioxidante dos raios solares nos nossos olhos, um importante nutriente para proteger a retina.

Para finalizar suco de laranja. Se as frutas estiverem bem maduras nem é preciso adoçar.

Suco digestivo

Três pedaços médios de abacaxi, que contém bromelina, substância que acelera a digestão.

Acrescente três folhas de hortelã, suco de meio limão, que tem vitamina C, antioxidante que ajuda no funcionamento do fígado, e uma colher de sopa de mel.

Pode bater com um copo de água mineral, água de coco ou até o suco de outra fruta.

Fonte

sábado, 8 de janeiro de 2011

Fogos de artifícios, e a imbecilidade humana


Explicação para os casos de aves mortas

No dia 31 de Dezembro de 2010, por volta das 23h30 na cidade de Beebe no Arkansas (EUA), na noite de passagem de ano, caíram milhares de pássaros do céu e o fenômeno repetiu-se dias depois nos estados do Kentucky e Louisiana e até na Suécia.

Os ornitólogos explicam que este tipo de acidentes mortais em bando são "comuns" e ocorrem em todas as partes do mundo devido a fenômenos naturais como o clima, ou por culpa do homem, que perturba os animais e os leva a situações de risco

No Arkansas, os cerca de 3000 pássaros mortos da espécie tordo-sargento colidiram contra os edifícios, carros e outras infra-estruturas por se terem assustado com os fogos de artifício do Ano Novo. Este tipo de pássaros não voa no escuro. Passam as noites em grupos de milhares em abrigos considerados seguros e não saem de lá a menos que sejam obrigados. Foi o fogo-de-artifício que os fez abandonar o seu refúgio, situado em árvores perto de Beebe. Para além disso, houve uma tempestade na área. A visibilidade era má e o vento forçou estas aves a voar a baixas altitudes. O resultado foi fatal: todo o bando de pássaros assustados colidiu com as casas.

Foi o que explicou a autoridade máxima ornitológica dos EUA, a Audubon Society, numa nota que registra o resultado da autópsia. Na verdade, os vizinhos de Beebe deram o alerta: "Nós ouvimos os fogos de artifício e um minuto depois as aves colidiram nas janelas", afirma um deles.

A explicação chega quando o assunto começou a gerar uma febre de avistamentos de pássaros mortos. Após o incidente no Arkansas foram relatados bandos mortos em Louisiana e até mesmo na Suécia. Alguns fóruns falam em teorias apocalípticas, mas os especialistas rejeitam-nas. Para estes especialistas, são casos isolados e com motivos explicáveis. O que acontece é que o sucesso da notícia do que aconteceu no Arkansas, que foi uma das histórias mais lidas no Dia de Ano Novo, levou à comunicação de outras aves mortas que noutras circunstâncias não se teria falado.

Os especialistas dizem que os bandos podem ser afetados por fenômenos naturais como uma tempestade, um congelamento ou uma tempestade de granizo. Para além disso, são comuns as mortes de colisão com infra-estruturas, tais como cabos ou edifícios de vidro que confundem os pássaros com os reflexos da luz. Os viajantes noturnos têm as luzes das estrelas e da lua como referência e é muito normal chocarem contra arranha-céus que tenham luzes no seu interior. Durante o dia, o reflexo do céu limpo leva a crer que não existe vidro.

Essas coisas acontecem, dizem os especialistas, mas geralmente não são notícia. Para os ornitólogos, o que está a acontecer é um relato na comunicação social de histórias semelhantes que já vêm a acontecer há muito tempo.

Fonte

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Dieta vegetariana x Nutrição proteica


1. Disseram que eu tenho deficiência de proteína por ser vegetariano. É verdade, doutor?

Calma aí! Deficiência de proteína não é comum em vegetarianos. Aliás, é raríssimo! Eu nunca atendi um único vegetariano no consultório com este problema e os artigos científicos que avaliam a nutrição proteica de populações de vegetarianos também não o relatam. Infelizmente muitos profissionais apavoram as pessoas adeptas do vegetarianismo com este tema. Quando retiramos a carne do cardápio, até mesmo associada à retirada de ovos e laticínios, não estamos simplesmente negligenciando a importância da proteína da dieta. Estamos apenas optando por oferecê-la de outras formas.

As conseqüências da deficiência de proteínas são diversas, podendo acarretar déficit de crescimento de crianças, alterações imunológicas, retenção de líquidos, alterações em cabelos, pele, entre muitas outras. No entanto, se você tiver algum destes problemas, não se apavore, achando que tem um quadro de desnutrição proteica, pois há inúmeros outros problemas que podem desencadear estas alterações. Uma avaliação detalhada do seu estado nutricional e da sua dieta esclarecerá todas as dúvidas.

2. Por que existe terrorismo com relação à necessidade de proteína de origem animal no cardápio?

Se você é vegetariano, com certeza já passou - e ainda passa - pela situação de ser questionado repetidamente sobre as proteínas da sua dieta. As pesquisas científicas iniciais que deram origem aos conhecimentos sobre este assunto foram baseadas em estudos com animais de laboratório. Isto trouxe uma série de erros quando aplicaram este conhecimento a seres humanos. Felizmente as pesquisas mais recentes já mostraram claramente as diferenças que ocorrem entre os seres humanos e outros animais, mas, infelizmente, muitos profissionais ainda não estão atualizados sobre este assunto.

Falar de proteínas não é simples, pois os conceitos básicos são amplos e necessitam de explicações bastante detalhadas para serem completamente entendidas. Vamos abordar algumas questões relevantes neste contexto:

• as proteínas são compostas por aminoácidos: podemos comparar a proteína a um muro e os aminoácidos, a seus tijolos;

• alguns aminoácidos podem ser produzidos pelo nosso próprio organismo, sendo chamados de “dispensáveis” ou não-essenciais; outros, precisam ser ingeridos, pois não temos a capacidade de produzi-los: são os aminoácidos que chamamos de “indispensáveis” ou essenciais;

• não há uma necessidade imprescindível de ingestão de proteínas de origem animal em qualquer fase da vida humana: não existe nem um único aminoácido essencial que esteja ausente nas proteínas de origem vegetal;

• muitos profissionais de saúde ainda utilizam o termo “valor biológico” como referência da qualidade das proteínas; o “valor biológico” reflete a incorporação da proteína absorvida pelo organismo; desde 1991, a Organização Mundial de Saúde e a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) passaram a recomendar a não-utilização deste termo como forma de análise da qualidade nutricional das proteínas, já que o método é muito falho para seres humanos; tal medida foi substituída pelo PDCAA (Protein digestibility-corrected amino acid score), um método que reflete com mais exatidão as necessidades de proteínas dos seres humanos; com este novo método, ficou claro o erro cometido no passado, quando se afirmava que a carne é necessária ao organismo humano como fonte de proteínas; o mesmo é válido para ovos e laticínios;

• os estudos de revisão da literatura científica demonstram que não há diferença alguma na incorporação das proteínas provenientes de alimentos de origem vegetal ou animal no organismo humano; portanto, quando alguém insistir que você deve comer alimentos de origem animal devido ao seu “alto valor biológico”, posicione-se, tendo a certeza de que este é um equívoco freqüente que precisa ser esclarecido;

• o consumo de proteínas vegetais corresponde a aproximadamente 65% do total de proteínas ingeridas pelas pessoas no mundo todo; nos Estados Unidos, este consumo corresponde a apenas 32%, demonstrando que essa população está reduzindo a ingestão de alimentos de origem vegetal e aumentando a de origem animal; as conseqüências deste padrão alimentar para a saúde são nítidas.

Leia mais aqui...

Fonte: Guia Vegano

Pecuária brasileira: ‘Patada’ Ecológica


Pecuária brasileira: ‘Patada’ Ecológica, artigo de Roberto Malvezzi

A “pegada ecológica” dos 187 milhões de brasileiros está estimada em 2,4 hectares por pessoa ano. Já ultrapassou a demanda, considerada equilibrada, de 2,1 hectares. Como o Brasil é o décimo país mais desigual do planeta, é evidente que alguns poucos estão consumindo mais hectares do que a esmagadora maioria que mal consegue sobreviver.

Porém, o estrago feito pela média brasileira tem embutida à “patada ecológica” do rebanho bovino. A pecuária brasileira ocupa 172 milhões de hectares para 177 milhões de cabeça de gado. Cada boi, portanto, ocupa quase um hectare de terra, ou seja, quase 20% da superfície do país. Toda área ocupada pela agricultura não passa de 72 milhões de hectares. Portanto, a “patada ecológica” das boiadas representa quase 50% da “pegada ecológica” da média brasileira.

Hoje a pecuária, parte essencial do agronegócio, representa quase um terço do PIB agrícola. Portanto, tem importância econômica. Ninguém que assuma o comando político do país vai abdicar desse negócio. Seria deposto no dia seguinte. Mas seu estrago é infi nitamente maior do que o da cana, da soja e outras atividades do agronegócio. Sem falar que para produzir um kg de carne são necessários de dez a 40 mil litros de água, a depender do que é contabilizado em todo o processo.

Há um agravante. Os bovinos, em seu metabolismo, expelem gás metano pelos arrotos e outros mecanismos, um dos gases do efeito estufa, dezessete vezes mais perniciosos que o próprio dióxido de carbono.

As fazendas de gado, nascidas junto com o país, ainda têm o dom de abrigar trabalho escravo em muitas de suas atividades. Portanto, primitivas no jeito de produzir, primitivas no jeito de lidar com as pessoas.

Quem conhece a lógica da biodiversidade sabe que nenhuma espécie sozinha é danosa ao equilíbrio da vida. Porém, quando se torna monocultivo, passa a ser um problema, não uma solução.

Um Brasil que se queira justo e sustentável terá necessariamente que rever a patada ecológica de seus bois.

OBS: Publicado originalmente no Brasil de Fato (Dezembro)

Roberto Malvezzi (Gogó), articulista do EcoDebate, é Assessor da Comissão Pastoral da Terra – CPT

EcoDebate, 04/01/2011