domingo, 27 de junho de 2010

Vivência no sítio Çaracura em Florianópolis


Convidamos a todos a participar desta vivência no mês de Julho. Onde os participantes estarão servindo aos reinos da natureza.

Maiores informações pelo email - carakura.instituto@gmail.com

Família Çarakura

sexta-feira, 25 de junho de 2010

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Inquilinos


Ninguém é responsável pelo funcionamento do mundo. Nenhum de nós precisa acordar cedo para acender as caldeiras e checar se a Terra está girando em torno do seu próprio eixo na velocidade apropriada, e em torno do Sol de modo a garantir a correta sucessão das estações. Como num prédio bem administrado, os serviços básicos do planeta são providenciados sem que se enxergue o síndico – e sem taxa de administração. Imagine se coubesse à humanidade, com sua conhecida tendência ao desleixo e à improvisação, manter a Terra na sua órbita e nos seus horários, ou se – coroando o mais delirante dos sonhos liberais – sua gerência fosse entregue a uma empresa privada, com poderes para remanejar os ventos e suprimir correntes marítimas, encurtar ou alongar dias e noites e até mudar de galáxia, conforme as conveniências de mercado, e ainda por cima sujeita a decisões catastróficas, fraudes e falência.

É verdade que, mesmo sob o atual regime impessoal, o mundo apresenta falhas na distribuição dos seus benefícios, favorecendo alguns andares do prédio metafórico e martirizando outros, tudo devido ao que só pode ser chamado de incompetência administrativa. Mas a responsabilidade não é nossa. A infra-estrutura já estava pronta quando nós chegamos. Apesar de tentativas como a construção de grandes obras que afetam o clima e redistribuem as águas, há pouco que podemos fazer para alterar as regras do seu funcionamento.

Podemos, isto sim, é colaborar na manutenção da Terra. Todos os argumentos conservacionistas e ambientalistas teriam mais força se conseguissem nos convencer de que somos inquilinos no mundo. E que temos as mesmas obrigações de qualquer inquilino, inclusive a de prestar contas por cada arranhão no fim do contrato. A escatologia cristã deveria substituir o Salvador que virá pela segunda vez para nos julgar por um Proprietário que chegará para retomar seu imóvel. E o Juízo Final, por um cuidadoso inventário em que todos os estragos que fizemos no mundo seriam contabilizados e cobrados.

– Cadê a floresta que estava aqui? – perguntaria o Proprietário. – Valia
uma fortuna.

E:

– Este rio não está como eu deixei…

E, depois de uma contagem minuciosa:

– Estão faltando cento e dezessete espécies.

A Humanidade poderia tentar negociar. Apontar as benfeitorias – monumentos, parques, áreas férteis onde outrora existiam desertos – para compensar a devastação. O Proprietário não se impressionaria.

– Para o que eu quero o Taj Mahal? Sete Quedas era muito mais bonita.

– E a catedral de Chartres? Fomos nós que construímos. Aumentou o valor do
terreno em…

– Fiquem com todas as suas catedrais, represas, cidades e shoppings. Quero
o mundo como eu o entreguei.

Não precisamos de uma mentalidade ecológica. Precisamos de uma mentalidade de locadores. E do terror da indenização.


Luís Fernando Verissimo, extraído do Jornal A Gazeta – 07/12/07

terça-feira, 15 de junho de 2010

Quer salvar o planeta? Pare de comer carne, diz ONU


Culpa dos alimentos

Ao ritmo atual de crescimento populacional, a Terra poderá ser o lar de cerca de 9 bilhões de pessoas em 2050 - e todos vão precisar comer.

Mas um novo relatório da Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente observa que a produção e o consumo de alimentos colocam a agropecuária entre os indutores mais importantes das pressões ambientais, incluindo as mudanças climáticas e a perda de habitats.

O autor principal do relatório é Edgar Hertwich, professor de Energia e Engenharia de Processos da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia.

Impacto ambiental das atividades econômicas

O relatório, chamado Avaliação dos Impactos Ambientais da Produção e Consumo: Produtos e Materiais Prioritários é o primeiro levantamento já feito em nível global das causas das diferentes pressões ambientais que resultam das atividades econômicas.

O professor Hertwich trabalhou com seus colegas durante dois anos para encontrar respostas detalhadas para três questões inter-relacionadas:

1. Quais são as indústrias mais importantes que causam mudanças climáticas?
2. Quanta energia diferentes atividades de consumo exigem quando a fabricação dos produtos é levada em conta?
3. Quais são os materiais que mais contribuem para os problemas ambientais?

Agricultura é maior causa dos impactos ambientais

O Professor Hertwich disse que ficou surpreso ao descobrir que os impactos ambientais da agricultura são maiores do que a produção de materiais como o cimento e outros bens manufaturados.

Embora o relatório não faça recomendações específicas de mudança - ele é, ao contrário, uma descrição detalhada do problema - Hertwich afirma que "é evidente que não poderemos ter [todo o mundo] adotando a dieta média europeia - nós simplesmente não temos a terra e os recursos para isso."

O relatório observa que "os impactos da agricultura devem aumentar substancialmente devido ao crescimento populacional e ao aumento do consumo de produtos de origem animal. Ao contrário dos combustíveis fósseis, é difícil encontrar alternativas: as pessoas têm que comer."

Renda maior, mais carne na dieta

Outra surpresa do relatório foi o efeito do aumento da riqueza econômica sobre diferentes impactos ambientais.

Os autores do relatório descobriram que os impactos ambientais aumentam cerca de 80 por cento quando se dobra a renda individual.

Este aumento resulta em parte de uma mudança para uma dieta mais intensiva em carne.

"A redução substancial dos impactos só seria possível com uma mudança substancial da dieta mundial, distanciando-se dos produtos de origem animal," afirma o relatório da ONU.

Desperdício de alimentos

Outro problema relacionado foi a quantidade de resíduos alimentares tanto em países ricos quanto em países pobres.

"Entre 30 e 50 por cento de todo o alimento produzido é estragado ou perdido," disse Hertwich. "É realmente surpreendente a quantidade de desperdício alimentar que existe."

Nos países pobres, a comida se estraga a caminho dos mercados consumidores, enquanto nos países ricos ela estraga nas geladeiras domésticas, disse ele.

Esperança para o futuro?

Tanto Hertwich quanto os representantes da ONU responsáveis pela questão do meio ambiente afirmam que o público e os políticos devem enfrentar os grandes desafios ambientais com os quais toda a humanidade está se deparando.

Em um comunicado do Programa Ambiental da Nações Unidas, seu presidente, Ashok Khosla, pisa fundo no discurso alarmista, afirmando que "os ganhos incrementais de eficiência, por exemplo, nos motores de carros ou nos sistemas de aquecimento doméstico, apresentaram algumas melhorias mas, confrontados com a dimensão do desafio, medidas muito mais transformacionais precisam ser tomadas. Atualmente estamos nos ocupando com besteiras - ou nos ocupando com questões marginais - enquanto Roma arde."

Hertwich concorda com a avaliação de Khosla. "Há desafios fundamentais lá fora para os quais eu acho que nós, como sociedade, ainda não despertamos," disse. "Em algum lugar no nosso espelho retrovisor há um monstro enorme, e nós estamos fingindo que ele não está lá. Mas eu penso que, se realmente decidirmos a enfrentar esses desafios, nós seremos capazes de fazer isso."

O relatório completo, em inglês, pode ser baixado gratuitamente aqui!

Fonte: Portal Diário da Saúde

domingo, 13 de junho de 2010

ESPECIAL TRANSGÊNICOS (1ª PARTE)

Alimentos transgênicos criam polêmica sobre efeitos à saúde e ao meio ambiente



Enquanto parte da comunidade científica afirma que os alimentos modificados não são seguros, defensores citam vantagens para a economia. Será que os brasileiros sabem o que os transgênicos significam?

Casal de brasileiros vence prêmio ambiental da National Geographic

O casal brasileiro Vitor Becker e Clemira Souza venceu a edição 2010 do Prêmio National Geographic Society/Buffet em Liderança em Conservação na América Latina.

O prêmio, criado com uma doação da Fundação Howard G. Buffet, é um reconhecimento a pessoas que contribuíram para a difusão e prática do conservacionismo em seus países.

Becker é entomologista de formação, com doutorado pelo Imperial College, em Londres (Reino Unido). Ele trabalhou na divisão de pesquisa do Ministério da Agricultura de 1974 até se aposentar em 1998. Clemira é professora, com mestrado em educação.

Em 1998, o casal vendeu sua casa em Brasília e começou a comprar terras em Serra Bonita, no município de Camacan (BA). Eles criaram nos 1,200 hectares adquiridos uma reserva florestal, batizada de Reserva Serra Bonita.

A reserva possui um centro de pesquisa e um alojamento para acomodar cientistas e amantes da natureza. Desde 2003, o casal tem vivido na reserva, dedicando-se a seu gerenciamento em período integral.

O prêmio, de US$ 25 mil, será entregue amanhã na National Geographic Society, em Washington (EUA).

Fonte: Folha SP

segunda-feira, 7 de junho de 2010

O que será a mudança de consciência?


ALÉM DE 2012

O nascimento de uma nova humanidade?
O que será a mudança de consciência?

Caros amigos em todo o mundo!

Saudamos os povos da Terra. Saudamos os grupos em todos os continentes que preparam a nova Era. Saudamos a comunidade planetária que se desenvolve. Estamos perante uma enorme transformação cósmica. A grande paz com a qual temos sonhado em vão durante tanto tempo poderá agora concretizar-se, se a humanidade relembrar as suas origens e construir a sua cultura em novos fundamentos. Este processo já começou.

Traduzido por Rita Duarte

Informe-se aqui!

Produtos livres de agrotóxico e certificados


A certificação socioambiental, que atesta os valores vinculados às diferentes etapas do processo produtivo, desde o manejo dos recursos naturais até a segurança do trabalhador, está atraindo a atenção dos consumidores.

A certificação é, para muitos, a garantia de origem. Em um mundo globalizado, em que nem sempre é possível optar pelos alimentos locais, a rastreabilidade torna-se o elo entre produtores e consumidores. Continue lendo!

Transgênicos: o direito de saber


Desde que os transgênicos foram liberados no Brasil há 5 anos, já foram licenciadas 11 variedades de milho geneticamente modificados, 4 de soja, 6 de algodão e 10 vacinas para uso veterinário. Nenhum problema em relação a isso, não fosse o fato de que parte da comunidade científica vem denunciando os riscos que os transgênicos representam à saúde humana e ao meio ambiente.

Há ainda muita controvérsia sobre a segurança da tecnologia empregada para a obtenção de novas substâncias, as rotinas do processo de licenciamento e os resultados do uso de sementes geneticamente modificadas no campo. A situação se agrava com o desconhecimento generalizado da população sobre o assunto.

No Brasil, o decreto que determina a rotulagem de produtos transgênicos não é obedecido pela maioria das empresas, e o governo não parece muito interessado em fazê-lo cumprir. Há 3 projetos de lei tramitando no Congresso tentando suprimir a exigência dessa informação nos rótulos dos produtos, o que poderia – segundo alguns especialistas no assunto – configurar grave desrespeito ao direito do consumidor saber exatamente o que está comendo ou usando no dia-a-dia.

O “Cidades e Soluções” especial sobre transgênicos pretende dar visibilidade a um debate que misteriosamente parece não ter importância, considerando os poucos espaços reservados ao assunto na mídia.

Achamos isso tão importante, que decidimos fazer dois programas. E logo no mês do meio ambiente.

Cidades e Soluções
Especial: Transgênicos. O primeiro programa vai ao ar no dia 09 de junho, às 23h30, na Globo News.