Onde está o arvoredo? Desapareceu. Onde está a águia? Desapareceu. É o final da vida e o início da sobrevivência. [...]Seu apetite devorará a terra, deixando somente um deserto." Chefe Seatle.
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Leão-baio encontrado em SC pode não voltar para natureza
Problema na pata traseira direita pode impedir felino de retornar ao seu habitat
Belo, imponente e misterioso. O filhote de leão-baio, capturado em julho do ano passado, em uma fazenda de Lages, na Serra Catarinense, poderia estar prestes a voltar para casa se tudo tivesse acontecido como planejado. Mas um sério problema surgiu e pode ser que ele seja obrigado a passar o resto da vida em cativeiro.
Quando foi encontrado, o animal tinha três meses de idade e pesava cinco quilos. Entregue à Polícia Ambiental, foi examinado no Hospital Veterinário da Udesc e conduzido à Base Avançada de Pesquisa do Ibama, no município de Painel.
No começo, ficou em uma gaiola, trancada em uma sala, alimentando-se de carne, leite e ração para gatos. Poucos dias depois, foi transferido para um viveiro cercado e coberto, em meio à mata nativa.
A previsão do biólogo Marcelo Mazzolli, do Projeto Puma, era de que o felino conseguisse voltar para a natureza em um ano e meio, mas um imprevisto o fez mudar de opinião e, hoje, a expectativa é de que este momento jamais ocorra.
O leãozinho teve um problema na pata traseira direita, provavelmente por um fator genético, e precisou ser submetido a uma cirurgia de luxação de patela.
Hoje, ele está novamente sob cuidados humanos do Ibama. As visitas estão temporariamente suspensas, a fim de evitar que se estresse e faça movimentos bruscos.
Com um ano e dois meses de vida e pesando aproximadamente 20 quilos, come diariamente cerca de 700 gramas de carne e farelo de osso. O tratamento veterinário é feito pela Udesc, a alimentação fica por conta do Projeto Puma, num custo mensal de R$ 100, e os cuidados diários são de responsabilidade dos funcionários do Ibama.
– Vai ser difícil ele retornar ao seu hábitat, onde aprenderia com a mãe a caçar, mas como ficou sozinho muito jovem, não sabe nada. Ele pode viver até 20 anos, e se não for para voltar à natureza, que tenha um espaço adequado, em meio à vegetação, para viver em semiliberdade.
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