terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Reciclagem em Belo Horizonte/MG só atinge 7% e pode deixar catadores sem serviço


Em novembro do ano passado, quando a Prefeitura de Belo Horizonte, ampliou de 28 para 30 o número de bairros atendidos pela coleta seletiva, foram recolhidas 370 toneladas de papel, plástico, papelão, vidro, sucata e alumínio.

A empresa que faz o recolhimento destes materiais recebeu pouco mais de R$ 42 mil pelo serviço em novembro do ano passado. O material coletado é levado para sete galpões de cooperativas e associações de catadores parceiros da prefeitura.

A coordenadora do programa de coleta seletiva da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), Aurora Pederzoli, descarta a possibilidade de a prefeitura pagar aos catadores para recolher o material reciclável. Ela garante que a empresa vencedora da licitação recebe pelo quilômetro rodado e hora trabalhada de seus funcionários, e que é feita uma fiscalização rigorosa para garantir a realização do serviço.
Ainda segundo Aurora Pederzoli, atualmente Belo Horizonte recolhe 7% do lixo que pode ser reciclado. Até o final deste ano, a intenção da prefeitura é levar a coleta seletiva para mais 35 bairros. Com isso, a capital atingiria 15% o percentual de material reciclável coletado.

O engenheiro florestal Marcos Alvarenga de Sá, 38 anos, recomenda à Prefeitura de Belo Horizonte pagar pelo serviço dos catadores. “Com a coleta seletiva mais intensa, atingindo 50% da capital, a prefeitura fará uma economia na coleta do lixo”, sugeriu. Especialista em projetos de coleta seletiva, o engenheiro afirma que em Foz do Iguaçu, no interior do Paraná, foi feita uma parceria que deu certo. “Além de uma renda de R$ 550 para cada trabalhador, a cidade ficou mais limpa”, lembrou.

A comerciante Marize Murad, 51 anos, do Bairro Santo Antônio, Centro-Sul de Belo Horizonte, faz questão de separar tudo o que pode ser aproveitado na reciclagem. “Além de ajudar na geração de renda, a coleta seletiva ajuda na preservação de rios e matas”, argumentou.

Ao contrário da comerciante, a professora Ana Augusta de Oliveira, 38 anos, moradora da Serra, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, reclama da coleta seletiva implantada pela prefeitura. “Já deixei três sacolas cheias de papelão e plástico que não foram levadas pelo caminhão. No dia seguinte estava tudo espalhado na rua”, afirmou.

(Fonte: Celso Martins/ Jornal Hoje em Dia/MG) Leia mais aqui!

Um comentário:

Anônimo disse...

Não gostei dessa informação. é a triste realidade, né?Eu considero cada profissão iimportante e normalmente os "catadores" são pessoas sem estudos completos, não podem se profissionalizar em uma area e muitas das vezes não tem onde morar e vivem disso. Se não puderem realizar isso, que é "catar lixo" do que vão viver?