por Aline Rebequi
Em pleno século 21, quando o número de aparelhos celulares supera o número de habitantes no Brasil e com o rápido crescimento das redes sociais, é difícil imaginar que alguém ainda sobreviva sem tecnologia.
Em Urubici, no acesso ao Morro da Igreja, um lugar cinematográfico e procurado por turistas especialmente nesta época do ano, há um exemplo inusitado. O solitário da montanha Cleverson Munhoz, 50, há poucos meses sequer tinha energia elétrica em casa.
A moradia de Cleverson parece ter sido reproduzida de uma obra de arte. Rodeada de muito verde em meio à mata, em um dos pontos mais frios do Estado, a casa é iluminada apenas pelas luzes do sol e da lua.
Ele vive sem nenhum aparelho eletrônico, telefone e, até três meses atrás, não tinha energia elétrica. Aceitou ligar depois da insistência dos amigos.
Cleverson também não vai ao comércio, só consome o que planta e colhe em seu terreno. Com a companhia de quatro gatos, que vivem livres na mata, o morador garante não ser contra aos novos tempos e também diz que não está tentando provar nada a ninguém, somente a si mesmo.
“É possível viver bem sem o que a sociedade comum está acostumada. O ser humano se adapta a qualquer situação e hoje sei que podemos viver muito bem, sem quase nada do que imaginamos como necessário”, relata.
Cleverson decidiu mudar radicalmente de vida há 11 anos. Morador de Curitiba, tinha uma vida agitada como comerciante. Certo dia, cansado do trânsito, dos incômodos, do estresse, da insegurança, resolveu causar uma reviravolta na própria vida. Largou tudo e correu para serra catarinense. Procurou por um terreno afastado de tudo, porém, próximo à natureza. Ao encontrar, decidiu construir uma casa simples, mas aconchegante, onde pudesse viver em paz. “Queria provar para mim mesmo que era possível estar longe de tudo e, mesmo assim, viver feliz e saudável, e consegui”, diz.
Solteiro e sem filhos, Cleverson vive sozinho, mas queria dividir sua alegria com quem passa pelo acesso ao Morro da Igreja em busca de belas paisagens. Criou o Vale dos Sonhos, um restaurante com alimentação natural e vegetariana com capacidade para dez pessoas. “As pessoas aparecem por curiosidade e vão repassando a informação. Quero dividir a minha alegria com os demais, mas de forma simples”, conta.
Fonte: NDonline
7 comentários:
Incrível ne? Como pode?
Figura ímpar o Clé. Tive o privilégio de conhece este paraíso no carnaval deste ano. Saí de lá com muitas pontinhas de inveja... Adeus cidade, olá paz e harmonia!
Parabéns ao Blog por conceder este espaço ao Vale dos Sonhos. Em visita à Urubici, o Marcos da Serra Sul Ecoturismo nos levou a esse lugar que ele mesmo chama de especial. Eu acredito que estar na mídia não faz a diferença para o nobre Cleverson, mas, é válido para quem é um apreciador da simples felicidade, sem muitas exigências do mundo e de si mesmo e que, a partir da reportagem, queira conhecer o local.
Também estive no Vale dos Sonhos no inverno passado com o guia José Marcos.A paisagem é deslumbrante, e o lugar muito especial.Mas a maior simpatia é o Cleverson!! Foi pena que não pudemos apreciar o restaurante (não havíamos reservado), mas as conservas e geléias do Clé, eu trouxe na bagagem, assim como a lembrança indelével daquele lugar definitivamente perto do céu!
Conheço a Integral Consciência Ecológica do Cleverson!
É Meu Amigo!! Exemplo de Vida!!
Paulo Radici
Médico Acupuntor em POA!!
Deve ser muito bom viver assimmmm !!!
Parabéns, Cleverson.
Tive o privilégio de conhecer este local mágico, maravilhoso, o trbalho que vocês produzem também é de excelente qualidade, as geléias, o suco e os molhos deliciosos com a energia do local.
A lavanda que me foi oferecida está em minha casa perfumando e lembrando do visual do vale dos sonhos. Anamastê!!!
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