quinta-feira, 30 de julho de 2009

Sagrada Cruz Kaiowá Guarani


Do sítio do Conselho Indigenista Missionário - CIMI, crônica de Egon Heck.

Vento gélido. A tosse parecia orquestrada. Crianças e adultos irmanados na dor e esperança. Aos poucos dezenas de Kaiowá Guarani vão se reunindo ao nosso redor. Iniciam o jeroki, dança ritual de boas vindas. Estávamos levando lona preta e alguma roupa. A ventania de dois dias anteriores havia destruído em grande parte as lonas dos barracos. Ligaram pedindo socorro. O Centro de Defesa dos Direitos Humanos Marçal de Souza procurou sensibilizar entidades e pessoas em Campo Grande. O Cimi apoiou. O pouco conseguido precisava chegar lá com urgência. É o período mais frio deste inverno. Na sua fala corajosa, uma das lideranças dizia. “Queremos agradecer os aliados. Graças a Deus temos gente que nos apóia, nos ajuda a enfrentar todas as dificuldades. Estamos lutando. O frio também é uma benção. Deus está conosco, olhando por nós e nossas crianças.”

É impressionante sentir a vibração de uma comunidade que há dois anos e meio voltou ao seu lugar, da sagrada cruz, Kurusu Ambá. Tiveram sua líder religiosa, Julite, assassinada. Vários parentes presos e feridos; foram jogados na beira da estrada. Voltaram mais duas vezes. Mais duas lideranças assassinada. Ortiz Lopes dia 8 de julho de 2007 e Osvaldo Pereira, dia 29 de maio deste ano. Estão ali embaixo de frágeis lonas. Tossindo e com falta de comida. Pedem que se divulgue isso para o mundo. Mas não estamos diante de uma comunidade triste e abatida por tanto sofrimento. Ao contrário, vemos um monte de crianças alegres, pintadas, se movimentando, tagarelando. Os adultos fazem suas falas, suas exigências e reclamação de seus direitos. Uma comunidade amadurecida e unida pela dor e pela luta. Gente de uma resistência admirável, inquebrantável. Gente que transpira alegria em meio à dor e carestia. Gente humilde, sábia e lutadora. “Até a vitória!”, exclamava um jovem, repedido em coro pelos demais.

Não estão ali acomodados ou resignados. Querem seus direitos. Querem sua terra de volta. Não querem continuar dependendo de cesta básica. Querem cobrir seus ranchos de sapé. Não querem continuar sob as frias lonas pretas. Querem ter novamente uns pedaços de lenha para fazer o fogo em torno do qual fazem girar e aquecer a vida. Querem viver com dignidade e em paz.

As cruzes semeadas, vidas plantadas!

Ao passarmos logo na saída do acampamento Eliseu nos mostra a cruz onde encontraram morto o companheiro Osvaldo, há menos de dois meses. Passaram o dia ao redor do corpo ali estirado, sem que tomassem a providência solicitada, para um laudo pelo policia federal. “Colocamos ali uma cruz, por que não queriam deixar ali um sinal do assassinato.” Ali perto outra cruz onde sepultaram uma criança que morreu de fome há poucos meses.

Ali próximo já estão as cruzes de Julite e de Ortiz. Quantas cruzes serão ainda necessárias para que possam, finalmente,estar de volta à sua terra, a sua sagrada cruz, Kurusu Ambá?

Querem viver. Não querem continuar vendo suas lideranças sendo assassinadas ou presas. Querem que isso seja dito ao povo brasileiro e ao mundo.

Fonte(IHU)

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Orgânicos são consumidos por 9% da população brasileira


Os números da agricultura orgânica no Brasil chamaram a atenção da organização da Agrifam 2009, que neste ano trará uma certificadora do segmento, além de um seminário sobre Agroecologia. Segundo uma pesquisa recente da consultoria GFK, produtos orgânicos estão em alta no país: embora 70% de sua produção seja exportada, eles chegam à mesa de 9% da população brasileira, ou seja, cerca de 18 milhões de pessoas, e já respondem por 1% do faturamento total dos supermercados - cerca de R$ 1,585 bilhão.

Em maio deste ano, medida tomada em conjunto pelos Ministérios da Agricultura, Meio Ambiente, Saúde, Educação e Ciência e Tecnologia, definiu a padronização dos selos para as diversas certificadoras do País. Até agora não havia um padrão nacional, mas com a nova regra o agricultor terá diretrizes para melhorar sua produtividade e a qualidade dos alimentos, o que deve impulsionar os orgânicos.

Uma pesquisa interna da certificadora de orgânicos EcoCert Brasil, que participa da Agrifam 2009, mostra que o mercado tem crescido cerca de 30% ao ano. Para Alexandre Schuch, diretor de marketing da empresa, a demanda por certificação tende a aumentar. “O consumo de produtos orgânicos demonstra o grande potencial do mercado”, ressalta.

O seminário sobre Agroecologia, que acontece durante a Feira, no dia 31 de julho, se relaciona, entre outros temas, à produção orgânica, e irá esclarecer todo o processo de cultivo e produção no segmento. Segundo Marcos Macedo, responsável pela organização do seminário, todas as etapas produtivas serão abordadas. “Um produto orgânico é muito mais que um alimento sem agrotóxicos e sem aditivos químicos. É o resultado de um sistema de produção agrícola que busca manejar de forma equilibrada o solo e os demais recursos naturais”, observa Macedo, que também é produtor do ramo.

(Fetaesp)

domingo, 26 de julho de 2009

Carne de boi é acusada de causar devastação da Floresta Amazônica

Saiba o que aconteceu desde o surgimento das denúncias.

BNDES aumentou as exigências para financiar frigoríficos.

Quase dois meses depois que o Ministério Público Federal no Pará e a organização ambientalista Greenpeace chamaram atenção para a criação de gado em áreas desmatadas ilegalmente na Amazônia, o caso dos “bois do desmatamento” teve uma série de desdobramentos, como o boicote dos varejistas à carne do Pará e os acordos das partes envolvidas nessa cadeia para regularizar sua produção.

“Por enquanto, foi satisfatória a resposta das empresas e da sociedade, que cobra das empresas e quer comprar produtos sustentáveis”, avalia o procurador Alan Mansur, um dos autores das ações do MPF-PA contra fazendas e frigoríficos do estado.

Ações contra pecuaristas

No começo de junho, o MPF-PA entrou na Justiça Federal com 20 ações contra pessoas e empresas acusadas de serem responsáveis pelo desmatamento de uma área de 1.500 quilômetros quadrados de floresta amazônica - o equivalente ao município de São Paulo.

As ações pediam R$ 2 bilhões em indenizações aos produtores rurais e a 13 frigoríficos, exportadores e curtumes que compravam gado dessas áreas. Simultaneamente, os procuradores recomendaram a 69 empresas clientes dos citados que suspendessem os negócios com eles para que fosse evitado o incentivo a uma cadeia produtiva que provoca desmatamento.



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sábado, 25 de julho de 2009

SER mais com menos


Ao se confessar surpreso com a consciência ecológica do povo das CEBs que estão participando do 12º Encontro Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base, que termina hoje (25), em Rondônia, o teólogo Leonardo Boff reconhece que “embora pequenos, eles podem produzir efeitos significativos”. Na entrevista que concedeu por telefone à IHU On-Line, direto do evento, Boff afirma que “a humanidade tem que descobrir outro caminho de produção, de consumo, com outros valores de convivência, porque, senão, vamos ao encontro do pior”. Entusiasmado com o encontro, ele declara: “nós vamos lutar, porque a causa é verdadeira, contamos com Deus e com a natureza, que está do nosso lado”.

Renomado teólogo brasileiro, Leonardo Boff foi um dos criadores da Teologia da Libertação. Ele é professor de Ética, Filosofia da Religião e Ecologia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ. É autor de mais de 60 livros nas áreas de teologia, espiritualidade, filosofia, antropologia e mística, entre os quais citamos Ecologia: grito da terra, grito dos pobres (São Paulo: Ática, 1990); São Francisco de Assis. Ternura e vigor (8. ed. Petrópolis: Vozes, 2000); Ética da vida (Rio de Janeiro: Sextante, 2006); e Virtudes para outro mundo possível II: convivência, respeito e tolerância (Petrópolis: Vozes, 2006).

[...]"o novo desafio da Teologia da Libertação, é se tornar uma ecoteologia da libertação, integrando natureza e humanidade".

Confira a entrevista.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Lixo Inglês encontrado em portos Brasileiros – De quem é a culpa?


O Ibama aplicou na segunda-feira (20) uma multa de R$ 233 mil para a importadora Bes Assessoria e Comércio Exterior e a multinacional Mediterranean Shipping Company (MSC) em punição pelo desembarque de 25 contêineres com 680 toneladas de lixo proveniente da Inglaterra encontrados no Porto de Santos na semana passada. Na sexta-feira, a empresa Alfatech recorreu à multa de R$ 408 mil que recebeu do Ibama por causa dos 48 contêineres com lixo descobertos no Rio Grande do Sul no final de junho.

Entre os resíduos recebidos encontravam-se seringas, camisinhas e sacos utilizados para armazenar sangue. As investigações para descobrir como os contêiners recheados de lixo inglês vieram parar nos portos Brasileiros ainda estão em andamento.

De acordo com a assessoria de imprensa do Itamaraty, nem o governo britânico ou o Secretariado da Convenção de Basileia procuraram o País oficialmente para tratar do assunto. Ambos os países, Brasil e Reino Unido, são signatários da convenção que em 1993 proibiu o transporte internacional de lixo, e até onde se sabe os tribunais ingleses sempre levaram muito a sério qualquer tipo de violação referente à resíduos perigosos .

Para tomar as providências diplomáticas, o Itamaraty aguarda que o Ibama conclua um laudo sobre os 89 contêineres com o lixo inglês que permanecem no País.

Lamentável!!!

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quarta-feira, 22 de julho de 2009

Outra história para o consumo


Desde 2007, o filme “A história das coisas” conta com um site oficial e um blog. Mais de seis milhões de pessoas já passaram por ali. Algumas deixaram depoimentos e histórias do tipo “antes e depois” de assistirem o documentário.

“Nesses 18 meses, a comunidade que cresce em volta das ideias expostas no nosso filme tem se mostrado interessada em discutir padrões de vida ligados a sustentabilidade, saúde e felicidade”, diz a autora em nota de abertura.

O site apresenta artigos, reflexões e dicas para a construção de um novo modo de vida em que o frenesi do consumo dê lugar a um mundo mais sustentável e justo.

Feito para pensar

O filme “A história das coisas” chama a atenção para os impactos do sistema de extração de matéria-prima, produção, distribuição, consumo e destinação final de mercadorias, que estão levando o mundo a um colapso socioambiental. De maneira lúdica e direta, a apresentadora Annie Leonard mostra também, em pouco mais de 20 minutos, como nossos hábitos afetam a própria reprodução da vida no planeta.

Saiba mais

* Visite o site internacional
* Visite o site no Brasil

Assista o vídeo:

terça-feira, 21 de julho de 2009

Alimentação vegetariana reduz aquecimento global, diz Paul McCartney


“Não é a Sociedade Vegetariana que afirma isso, é a ONU
- diz Paul.”


Para Paul McCartney, existe uma maneira simples de contribuir na luta contra as emissões de CO2 que causam as mudanças climáticas: comer pratos vegetarianos todas as segundas-feiras.

Segundo o ex-Beatle, entrevistado pela revista britânica especializada em alimentos The Grocer, evitar a carne um dia por semana é um hábito já muito difundido na Austrália, onde os consumidores estão conscientes do impacto ambiental dos grandes rebanhos de gado. “Muita gente vai às segundas-feiras na academia”, explica o músico, que há muitos anos é um vegetariano militante, “a segunda-feira sem carne é um pouco como esse hábito de ir à academia, e além do mais você ajuda o planeta”.

Para Paul, se você não pode renunciar completamente à carne, eliminar por um dia já é um passo a frente.
Uma das conclusões mais significativas do último relatório da ONU sobre mudanças climáticas é que teremos que comer menos carne.

Fonte: O Globo

domingo, 19 de julho de 2009

A importância da floresta para o meio ambiente


No Brasil, 87% da população vive em centros urbanos. O clima urbano difere consideravelmente do ambiente natural. As cidades distanciam-se cada vez mais da natureza utilizando materiais como ferro, aço, amianto, vidro, piche, entre outros. Estes materiais geralmente são refletores e contribuem para a criação da ilhas ou bolsões de calor nas cidades. Em função disso, o clima é semelhante ao do deserto, quente e seco durante o dia e frio durante a noite.

A impermeabilização dos solos causam grandes problemas também na medida que evitam ou impedem a infiltração da água, forçando-a para a calha dos rios, muitas vezes criando enchentes, já que os rios não conseguem absorver um volume tão grande de água num curto espaço de tempo.

Benefícios da arborização

Os benefícios advindos da arborização urbana promovem a melhoria da qualidade de vida e o embelezamento da cidade. Essa arborização depende do clima, tipo de solo, do espaço livre e do porte da árvore para se obter sucesso nas cidades. Além da função paisagística, a arborização proporciona à população proteção contra ventos, diminuição da poluição sonora, absorção de parte dos raios solares, sombreamento, atração e ambientação de pássaros, absorção da poluição atmosférica, neutralizando os seus efeitos na população, valorização da propriedade pela beleza cênica, higienização mental e reorientação do vento.

A floresta, quando em equilíbrio, reduz ao mínimo a saída de nutrientes do ecossistema. O solo pode manter o mesmo nível de fertilidade ou até melhorá-lo ao longo do tempo.

Uma floresta não perturbada apresenta grande estabilidade, isto é, os nutrientes introduzidos no ecossistema pela chuva e intemperismo geológico estão em equilíbrio com os nutrientes perdidos por lixiviação para os rios ou lençol freático. Os nutrientes, uma vez introduzidos no ecossistema, podem se reciclar por um longo tempo, função da eficiência biogeoquímica e
bioquímica das espécies florestais do sistema.

O entendimento da relação das florestas implantadas com a água é uma questão muito complexa e deve levar em consideração as múltiplas atividades antrópicas, tendo como unidade a microbacia. Deste modo, a floresta deve ser apreciada como uma atividade agrícola qualquer, que visa a produção de biomassa com intenção de obter algum lucro. Assim, além do consumo de água, devemos contabilizar a sua qualidade, o regime de vazão e a saúde do
ecossistema aquático. Possibilita também uma visão mais abrangente sobre a relação do uso da terra, seja na produção florestal, agrícola, pecuária, abertura de estradas, urbanização, enfim, toda e qualquer alteração antrópica na paisagem e a conservação dos recursos hídricos.

Quem sabe assim, a sociedade perceba que uma possível diminuição na quantidade de água, deterioração de sua qualidade ou a degradação hidrológica não está somente nas florestas implantadas mas numa infinidade de outras atividades antrópicas de práticas de manejo.

As florestas per se não melhoram a qualidade da água mas alguns de seu atributos como a cor aparente, que está relacionada com a quantidade de matéria orgânica e sedimentos na água. Estudos compararam a cor aparente da água de microbacias com florestas nativas, reflorestadas com eucaliptos e com pastagem. Nas florestas nativas, a variabilidade natural só é alterada com as chuvas em grandes quantidades. Para os eucaliptais, mesmo com operações drásticas como construção de estradas ou exploração florestal tendem a voltar ao equilíbrio dinâmico rapidamente. Para a pastagem entretanto, a concentração de sedimentos suspensos na água é exageradamente elevado o tempo todo.

O custo específico com produtos químicos nas Estações de Tratamento de Água (ETAs) eleva-se com a redução do percentual de cobertura florestal da bacia de abastecimento. Nos EUA, o estado de Nova Iorque investiu em áreas de preservação permanente - APPs, e os responsáveis garantem que para cada um dólar investido economizam sete dólares no tratamento de água.

Pelos resultados das pesquisas percebe-se que as florestas são importantes por vários fatores, mas principalmente em relação aos recursos hídricos, por que interceptam a água das chuvas reduzindo o risco de erosão, aumentam a capacidade de infiltração da água no solo tornando-o mais poroso e a estabilidade do sistema ou microssistema funcionando com tampão, isto é,
liberando ou retendo água.

Laerte Scanavaca Júnior
Engenheiro florestal, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente
www.cnpma.embrapa.br

(Embrapa Meio Ambiente)

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Quer ecomomizar água? Então reveja seus hábitos alimentares


BANHO PÚBLICO POR PROTESTO

Nesta quinta, ativistas da ONG Peta tomam banho protegidas por um cartaz com a frase "1 quilo de carne = 15.500 litros de água", nas ruas de Frankfurt, na Alemanha. Elas protestam contra o uso excessivo de água, causado pelo consumo de carne.

Fonte: Veja Online

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Um escândalo ambiental


Sobre a escandalosa denúncia feita nesta página a respeito do desembarque de 40 contêineres de lixo europeu no porto de Rio Grande, vão duas correções apresentadas pela revista Conexão Marítima:

1) Foram 750 toneladas no total.

2) O bilhete encontrado num dos contêineres, onde estava escrito “Presente para as Crianças do Brasil”, continua o seguinte adendo: “Lave as Mãos”, o que comprova que a máfia italiana de Nápoles sabe ser irônica quando quer.

. Há bastante tempo lixo europeu vem sendo despejado em Países pobres, desorganizados e imorais como o Brasil, sem que as autoridades locais sejam capazes de reagir.

- O escândalo do lixo europeu ainda não foi bem percebido pelos governos, pela mídia e pela sociedade.

Leia mais: Conexão Marítima

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Governos inconscientes e irresponsáveis


Quem teve o privilégio de acompanhar a cúpula dos povos (G-192) na ONU nos dias 24 a 26 de junho para encontrar saidas includentes para a crise econômico-financeira, vivenciou dupla perplexidade. A primeira, o fato de se ter chegado a um surpreendente consenso acerca de medidas econômicas e financeiras a serem implementadas a curto e a médio prazo, em função do desenvolvimento/crescimento. A segunda, verificar que tudo se concentrou apenas no aspecto econômico-financeiro sem qualquer referência aos limites da biosfera e à devastação da natureza que o tipo de desenvolvimento vigente implica. Quer dizer, a economia virou um conjunto de teorias e fórmulas que expertos dominam e as aplicam nos paises, esquecendo-se de que é parte da sociedade e da política, algo, portanto, ligado à vida das pessoas. Era como se os políticos e expertos, não respirassem, não comessem, não se vestissem e andassem nas nuvens e não no solo. Mas para eles, tais coisas importantes são meras externalidades que não contam.

Ao ouvi-los, pensava eu lá com meus botões: quão inconscientes e irresponsáveis são estes políticos, representantes de seus povos, que não se dão conta de que a verdadeira crise não é esta que discutem, mas a da insustentabilidade da biosfera e a incapacidade de a Mãe Terra de repor os recursos e serviços necessários para a humanidade e para a comunidade. Bem advertiu o ex-secretário da ONU Kofi Annan: esta insustentabilidade não apenas impede a produção e a reprodução senão que põe em risco a sobreviência da espécie humana.

Todos são reféns da economia-zumbi do desenvolvimento, entendido como puro crescimento econômico (PIB). Ora, exatamente este paradigma do desenvolvimento mentirosamente sustentável do atual modo de acumulação mundial está levando a humanidade e a Terra à ruina. As pessoas são as últimas a contar. Primeiro vêm sempre os mercados, os bancos, o sistema financeiro. Com apenas 1% do que se aplicou para salvar os bancos da falência (alguns trilhões de dólares) poder-se-ia resolver toda a fome do planeta atesta a FAO. E atualmente, a mesma FAO advertiu, existem 40 paises com reserva alimentar de apenas três meses. Sem uma articulada cooperação mundial grassará fome e morte de milhões de pessoas.

Discutir a crise econômica-financeira sem incluir as demais crises: o aquecimento global, a alimentária, a energética e a humanitária é mentir aos povos sobre a real situação da humanidade.

Temo que nossos filhos e netos, daqui a alguns anos, olhando para o nosso tempo, tenham motivos de nos amaldicionar e de nos devotar um soberano desprezo, porque não fizemos o que devíamos fazer. Sabíamos dos riscos e preferimos salvar as moedas e garantir os bonus quando poderíamos salvar o Titanic que estava afundando.

O Brasil neste sentido é uma lástima. Se há um pais no mundo que goza das melhores oportunidades ecológicas e geopolíticas para ajudar a formular um outro mundo necessário para toda a humanidade, este seria o Brasil. Ele é a potência das águas, possui a maior biodiversidade do planeta, as maiores florestas tropicais, a possibilidade de uma matriz energética limpa à base da água, do vento, do sol, das marés e da biomassa, mas não acordou ainda. Nos forums mundiais vive em permanente sesta política, inconsciente, “deitado eternamento em berço esplêndido”. Não despertou para a suas possibilidades e para a responsabilidade face à preservação da Terra e da vida.

Ao contrário, na contramão da história, estamos construindo usinas à base do carvão. Desmatamoss a Amazônia em 1.084 quilômetros quadrados entre agosto de 2008 a maio de 2009. E somos o quinto maior poluidor do mundo. O fator ecológico não é estratégico no atual governo. Somos ignorantes, atrasados, faltos de senso de responsabilidade face ao nosso futuro comum.

* Leonardo Boff é do corpo de assessores da Presidência da ONU.

Fonte: Terra

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Orgânicos cada vez mais presentes na mesa brasileira


Movido pelo alto potencial de crescimento de mercado no Brasil, o segmento de alimentos orgânicos se profissionaliza e começa a atrair investimentos de grandes empresas estrangeiras para atender à demanda de público interno e das redes de varejo.

Uma pesquisa recente da consultoria GFK indica que os produtos orgânicos hoje chegam à mesa de 9% da população brasileira e que esses produtos já respondem por 1% do faturamento total dos supermercados - cerca de R$ 1,585 bilhão. Em 2008 a rede Pão de Açúcar teve um crescimento anual de 40% na venda de produtos orgânicos, que ocupam cada vez mais espaço nas gôndolas.

Por enquanto, mais de 70% da produção brasileira ainda é destinada ao mercado internacional, mas a consolidação de marcas com produtos orgânicos industrializados (e não apenas in natura) e comercializados em expansivo número de pontos de venda começa a mudar este panorama. Um exemplo disso é a Samurai Organic Foods.

Desde 2004 a empresa vem dobrando de tamanho a cada ano, impulsionada pela inovadora proposta de industrializar no Brasil produtos à base de soja orgânica. Inseridos no contexto de reeducação alimentar, itens como tofu, hamburguers vegetais e patês de tofu passam a substituir respectivamente o queijo, os hamburguers tradicionais e a maionese - alternativas que alcançaram sucesso comercial nas grandes redes de varejo do sul e sudeste.

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domingo, 12 de julho de 2009

Ecovilas exploram soluções para um futuro sustentável


Viver em harmonia, trabalhando de forma comunitária e cuidando de todo ambiente a sua volta, produzindo sua comida e energia, sem poluir, é um sonho antigo da humanidade. Já antevendo a crise socioambiental em que mergulharíamos, iniciativas surgiram no mundo todo nas últimas décadas tentando construir uma melhor realidade. Sob nomes diferentes como comunidades alternativas, comunidades sustentáveis ou ecovilas, elas já são mais de 15 mil em todo o mundo e tem servido como laboratórios vivos do futuro que queremos alcançar.

“As ecovilas ou comunidades são centros de aprendizado e de transformação. Ali, se experimentam soluções que depois podem ser levadas para as cidades”, esclarece Marcelo Ribeiro, integrante da ecovila Terra Una, de Minas Gerais. Ele destaca ainda, que estas experiências não se restringem a áreas isoladas dos grandes centros urbanos, mas já se mesclam a eles, como fazem a Casa dos Hólons e a Morada da Floresta, em São Paulo.

Los Angeles é outra cidade que tem uma ecovila urbana, além de contar com a iniciativa do Path to Freedom, em Pasadena, em sua região metropolitana. Marcelo aposta numa transição gradual para solucionar os desafios atuais como também prega a corrente Transition Towns.

O termo ecovila foi criado em um encontro em 1995, em Findhorn, no Reino Unido, um dos experimentos mais antigos neste campo. Iniciado em 1962, por apenas três pessoas em um trailer estacionado numa área degradada no Norte da Escócia, hoje ele reúne mais de 500 pessoas e 30 empreendimentos diferentes, todos empenhados em restaurar o equilíbrio da vida na Terra.

A área em seu entorno conta com jardins, hortas orgânicas e floresta sendo restaurada. A comunidade capta energia eólica e trata de forma natural, com tanque anaeróbico e plantas – sistema conhecido como “Living Machine”, toda a água que utiliza, devolvendo-a limpa ao ambiente. Ela se tornou um pólo difusor de tecnologias sustentáveis, tanto no campo ecológico, quanto no social e no econômico. Findhorn conta com uma moeda própria, o EKOS, que serve para fortalecer a economia local.

A partir das dificuldades vividas ali e em outras 22 ecovilas em diferentes países, desenvolveram-se vários instrumentos para a construção de comunidades intencionais. Permacultura, bioconstrução, energias renováveis, economia solidária, governança circular, comunicação não violenta e resolução pacífica de conflitos são estratégias largamente utilizadas e aprimoradas em décadas de convívio e trabalho conjunto.

Este aprendizado gerou o currículo Gaia Education, que ensina a planejar para que esta e as futuras gerações contêm com recursos para sua existência e explora as mudanças necessárias para se viver bem em comunidade. Ele é oferecido em diferentes espaços ao redor do mundo sendo que foi aplicado pela primeira vez em ambiente urbano pelo Brasil, em 2006, na Umapaz – Universidade Livre do Meio Ambiente e da Cultura de Paz, em São Paulo. Este ano, além da capital paulista ele está previsto para acontecer no Rio de Janeiro, em Porto Alegre e em Salvador.

RELACIONAMENTO HUMANO É O MAIOR DESAFIO

“Quem pensa que infraestrutura é o primeiro passo para se iniciar uma comunidade comete um grande engano. Muitas iniciativas partiram daí, com casas, centro comunitário e outros equipamentos prontos e sucumbiram por falta de gente interessada em ocupá-los”, conta Oberom Correa da Silva, integrante da Mato Dentro, na região de São Lourenço, em Minas Gerais.

Ele ainda lembra de outras iniciativas que construíram sua estrutura em conjunto, na medida em que novos integrantes iam chegando, mas também não duraram por divergências internas. “O que eu vi dar certo, foi o que começou pequeno e cresceu de forma espontânea, baseado no afeto de uns para com os outros”, completa o jovem de 27 anos, que nasceu e vive até hoje na comunidade mineira.

“O desenvolvimento individual é essencial para termos harmonia grupal”, explica Eliana Isabel Gavenda, que viveu por 10 anos na comunidade de Nazaré Paulista, SP, de onde partiu para fundar a Aldeia Arawikay, na região da Grande Florianópolis.

“O ser humano é complexo e sempre haverá conflitos. O importante é observar: onde colocamos nossa energia? Nos problemas ou nas soluções?”, comenta Pomei Kwong, moradora há três anos de Crystal Waters, na Austrália. “Também é importante festejar e se divertir. Nas festividades, se constrói a união e se dissolvem desavenças”, relata a jovem; lembrando ainda que a comunidade australiana usa a técnica de “Heart Circles” (Círculos do Coração) para a resolução de conflitos.

Este movimento tem conquistado avanços significativos e dado ao mundo exemplos como Damanhur, próxima de Turin na Itália, eleita pela ONU como comunidade sustentável modelo e escolhida como a ecovila mais bonita do mundo, pela revista Communities.

Ao contrário da idéia de isolamento a elas atribuída, as ecovilas têm entre suas premissas a interação com a vizinhança, expandindo a melhoria da qualidade de vida e a preservação ambiental para seu entorno. Nelas se pratica largamente um sistema de permuta em que produtos e serviços são intercambiados sem a necessidade de dinheiro. “Uma vez, saí com 18 objetos dos quais não precisávamos mais e voltei com as 18 janelas que nos faltavam para terminar um salão”, conta Elena Gavenda, da Arawikay.

Muitas lançam sua própria moeda, para fortalecer as trocas locais e agilizar os negócios nas feiras de troca que praticam. Essas moedas trazem em si a filosofia dos negócios justos e são utilizadas somente após dinâmicas nas quais os participantes entendem o que é uma economia solidária, em oposição à economia predatória do levar vantagem ou gerar lucro a qualquer preço.

Outro pilar da economia solidária é a transparência contábil, isto é, todos os gastos de um evento, por exemplo, ficam expostos, mostrando como o investimento para a participação foi definido e em que será usado cada centavo pago pelos participantes.

Essas comunidades também recebem visitantes, que ali podem comprovar que há formas mais eficientes e harmônicas de organizar a vida humana na Terra, baseadas na cooperação, e não na costumeira competição.

Para conhecer mais, consulte os sites GEN – Global Ecovillage Network e Gaia Brasil.net.

Com apoio do Instituto Ethos.

Agradecimentos especiais à Arca Verde, de São José dos Ausentes, RS pela foto.

Postado originalmente, aqui!

sábado, 11 de julho de 2009

Amazônia Sustentável



[...] "Você é bom ouvinte? Você já reparou quanta gente começa a desenhar soluções para tudo e para todos, para vida, para as comunidades, para o planeta, sem OUVIR primeiro os principais interessados? ...tem muita gente que confunde o conceito de conservar com o conceito de preservar."

"É preciso ouvir as populações ancestrais que habitam a região amazônica... é fundamental que se crie processos que permita ouvir essa sabedoria ancestral."

(por Cristina Carvalho Pinto)

Fonte: Mercado Ético

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Referência em Resíduos


CMRR forma mais 100 alunos nos cursos de Gestão e Negócios em Resíduos e de Montagem, Manutenção e Recondicionamento de Computadores (3RsPCs)

Nesta semana, o Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR) forma cerca de 100 alunos dos cursos de Gestão e Negócios em Resíduos e de Montagem, Manutenção e Recondicionamento de Computadores (3RsPCs). Os cursos são gratuitos e buscam potencializar o papel do jovem na melhoria da qualidade socioambiental, além de ampliar a geração de trabalho e renda.

Dividido em quatro módulos, o curso de Gestão e Negócios em Resíduos prepara os estudantes para o mercado de trabalho, assim como para a organização e administração de seu próprio negócio a partir de resíduos domésticos (papel, plástico, madeira, metal e compostagem), específicos (de serviços de saúde, de construção civil, de postos de combustíveis, de supermercados) ou especiais (pneus, lâmpadas, pilhas e baterias).

Formada em Gestão de Resíduos, Denise Silva Chaves, 18 anos, é responsável pela gestão de resíduos e qualidade em obras da Santa Bárbara Engenharia. “Durante o ensino médio tinha muito receio do que eu iria fazer quando formasse no 3º ano. Hoje, com o que eu ganho, posso investir na minha formação. Faço o curso técnico em edificação no Senai. Meu próximo passo é formar e prestar vestibular para engenharia”, conta.

Já no curso de Montagem, Manutenção e Recondicionamento de Computadores (3RsPCs), os jovens aprendem a montar e desmontar computadores, o funcionamento de cada peça, e também freqüentam aulas de empreendedorismo e empregabilidade. O material utilizado durante as aulas é proveniente de máquinas não mais utilizadas pelos órgãos do Governo de Minas. Após o recondicionamento, os computadores são destinados a programas de inclusão social de comunidades carentes.

Márcio Vinícius Magela, 18 anos, finalizou em dezembro do ano passado o curso 3RsPCs. O garoto trabalha em uma empresa de informática e já se prepara para prestar o vestibular para o curso de Ciências da Computação. “Hoje tenho o diferencial de saber sobre reciclagem de computadores. Procuro passar para meus colegas as coisas que aprendi no curso”, comenta Magela.

Sobre o CMRR:

Iniciativa pioneira do Governo de Minas Gerais, o Centro Mineiro de Referência em Resíduos trabalha há dois anos com o objetivo de apoiar os municípios, empresas e cidadãos na gestão integrada de resíduos, por meio da disseminação de informações e capacitação técnica, gerencial e profissionalizante, visando à geração de trabalho e renda e à melhoria da qualidade de vida.

Sua atuação concentra-se em cinco áreas prioritárias: Apoio à gestão municipal de resíduos, Qualificação profissional; Comunicação e Informação; Pesquisa e Desenvolvimento; Educação ambiental e eventos (seminários, palestras, debates e oficinas, com foco no consumo consciente).

Localizado em Belo Horizonte, o espaço conta com auditório, biblioteca, área para realização de cursos e uma cozinha experimental, criada para orientar sobre redução do desperdício, reaproveitamento, reciclagem, tecnologia de alimentos e ações que envolvem o preparo de produtos úteis ao consumo da população. Possui ainda um espaço permanente para exposições, consolidando-se como um espaço múltiplo para o cumprimento de sua missão

Mais informações:

www.cmrr.mg.gov.br - Site oficial do centro

CMRR fez 2 anos. Assista a entrevista com especialistas e ex-alunos

Colaboração de: Thamires Andrade

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Jardim Botânico de Florianópolis receberá seus primeiros visitantes até o final de 2010

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Até o final de 2010 o Jardim Botânico de Florianópolis, o primeiro de Santa Catarina, estará recebendo seus primeiros visitantes, com toda a infra-estrutura possível, garantiu o presidente da Fatma, Murilo Flores, ao se manifestar no grande expediente da sessão da noite de hoje (06/07) da Câmara de Vereadores. Ele compareceu, junto com o deputado estadual Cesar Sousa Junior (DEM), autor de projeto de lei, na Assembléia Legislativa, que cria o Jardim Botânico, Florianópolis, como convidado do presidente da Câmara, Gean Loureiro (PMDB), para explicar o encaminhamento do assunto. Na sessão, Loureiro assinou ato que cria a Frente Parlamentar Pró-Jardim Botânico, que começa com a adesão de todos os 16 vereadores. É presidida pelo vereador Cesar Faria (DEM).

O próximo encaminhamento, a ser dado ainda este mês, será o lançamento de licitação, pela Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc), para contratação de empresa especializada visando estabelecer o Plano Diretor do Jardim Botânico, providência que deve demorar seis meses. Simultaneamente, será feita sua formatação jurídica, já que lotes do terreno de 22 hectares,onde ele se localizará, no bairro Itacorobi, estão penhorados para pagamento de dívidas trabalhistas da Epagri. Uma das soluções propostas é a transformação do terreno em Área de Preservação Ambiental (APA), que pode por fim aos problemas jurídicos ora pendentes.

Resolvidas estas questões, a Fatma pode começar a fazer os investimentos necessários, como o plantio de espécies e construções adequadas, uma vez que já tem R$ 1,3 milhão de recursos disponíveis. “Além de opção de lazer, palco de educação ambiental e turismo, o Jardim Botânico será importante para a ciência, para estudo da biodiversidade local e estadual”, afirmou Murilo Flores.

O presidente da Fatma informou ainda que a Cidade das Abelhas, com 20 hectares, situada atrás do Centro Administrativo do Governo, no bairro Saco Grande II, será incorporada ao futuro Jardim Botânico, conforme decisão da Epagri, semana passada. A propriedade é da União, mas está cedida ao Estado há décadas.

Em seu pronunciamento, o deputado Cesar Sousa Junior lembrou que por sua iniciativa é que se evitou a venda ou permuta da área que a Epagri ocupa no bairro Itacorobi, sugerindo que nela fosse instalado o Jardim Botânico. Observou que imediatamente houve uma mobilização da comunidade, expressada num abaixo-assinado com abaixo-assinado subscrito por mais de 23 mil pessoas. Por fim elogiou a participação da Câmara no processo, desde seu inicio.

Fizeram questionamentos aos convidados os vereadores João Amin (PP), Edinon da Rosa (PSB) e Ricardo Vieira (PCdoB). Os três foram unânimes em elogiar a iniciativa.

Câmara de Vereadores de Florianópolis - Diretoria de Comunicação Social.

Associação Dietética Americana passa a indicar a dieta vegetariana na prevenção de doenças

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O Globo

Seguir uma dieta vegetariana pode ser uma boa maneira de diminuir o risco de doenças crônicas como diabetes, obesidade, hipertensão e câncer, afirma a Associação Dietética Americana (ADA), que publicou esta semana uma atualização de suas recomendações sobre alimentação saudável no "Journal of the American Dietetic Association". Segundo os nutricionistas da ADA, não há dúvidas de que uma dieta vegetariana bem planejada é uma opção saudável para crianças, adolescentes e adultos.

" As dietas vegetarianas são eficazes em todas as fases da vida, incluindo na gravidez, na lactação, na primeira infância, na adolescência e para atletas "


"A Associação Dietética Americana reconhece que uma dieta vegetariana bem planejada, incluindo o vegetarianismo completo (que exclui todo tipo de carne e ovos) e o veganismo (que exclui carnes, ovos e laticínios), pode ser saudável, nutricionalmente completa e traz benefícios na prevenção e no tratamento de certas doenças. As dietas vegetarianas são eficazes em todas as fases da vida, incluindo na gravidez, na lactação, na primeira infância, na adolescência e para atletas", divulgaram em nota os nutricionistas Winston Craig e Reed Mangels, conselheiros da ADA.

Os nutricionistas aproveitaram para enfatizar o bom resultado de inúmeros estudos que ligam uma dieta com menos carne a um risco menor de uma série de doenças. Quem é vegetariano ou exclui a carne do cardápio alguns dias da semana tem menos colesterol alto, problemas cardiovasculares, hipertensão e diabetes tipo 2, afirmaram Craig e Reed. Quem segue este tipo de dieta também tende a comer menos gorduras saturadas e mais fibras.

As informações completas sobre as novas recomendações da ADA podem ser encontradas no site www.eatright.org .

Fonte: O Globo

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terça-feira, 7 de julho de 2009

Ativistas interrompem premiação a Lula para pedir proteção da Amazônia


Presidente recebeu prêmio na sede da Unesco, em Paris
Ambientalistas seguravam faixas pedindo que Lula 'salve' a floresta.


Ativistas da organização ambientalista Greenpeace interromperam na sede da Unesco, em Paris, nesta terça-feira (7) a cerimônia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebia o prêmio Felix Houphouet-Boigny da Paz. Eles seguravam faixas pedindo que o líder brasileiro proteja a Amazônia.

Globo Amazônia
(07/07/2009).

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Hortas caseiras para combater a crise



Foi-se o tempo em que plantar sua própria comida era conversa de hippie. Até a sisuda The Economist, mais interessada em finanças do que em jardinagem, publicou uma matéria sobre o assunto, contando como as hortas caseiras podem ajudar a aliviar o sofrimento da crise financeira. O blog ambiental Treehugger fez as contas e constatou que uma horta em casa rende em média o equivalente a 500 dólares por ano ao seu proprietário - e que 50 dólares investidos em ferramentas de jardinagem transformam-se em 1.250 dólares em vegetais após 1 ano.

Até o presidente dos Estados Unidos entrou na onda e mandou plantar uma horta na Casa Branca, para dar o exemplo e doar a produção aos pobres de Washington. A revista Good deste mês leva você para passear pela “primeira horta”, que já produziu 40 quilos de vegetais desde que o “jardineiro-em-chefe” tomou posse (clique na imagem para ampliar).


Em 1943, durante o esforço de guerra, atendendo a pedidos da primeira-dama americana Eleanor Roosevelt, 20 milhões de americanos plantaram hortas caseiras. Ao final da guerra, elas supriam 40% das necessidades da nação. Eram os chamados “victory gardens”, os jardins da vitória. A revista Good calcula que, desde que Obama tomou posse, o número de jardins caseiros do país subiu de 36 para 43 milhões.

Originalmente postado no blog SUSTENTÁVEL É POUCO!

domingo, 5 de julho de 2009

Médico mostra como indústria de alimentos manipula paixão pela comida


Livro estuda combinação de sabores que torna alimentos irresistíveis. Para especialista, é possível treinar organismo para evitar excessos.

Como diretor da FDA (Food and Drug Administration), Dr. David A. Kessler serviu a dois presidentes e brigou com o congresso e com a indústria de tabaco. No entanto, o pediatra formado em Harvard descobriu ser impotente contra o poder de um cookie de chocolate.

Em um experimento, Kessler testou sua força de vontade ao comprar dois atraentes cookies de chocolate que ele não planejava comer. Em casa, ele se pegou olhando para os cookies, até mesmo distraído pela lembrança dos pedaços de chocolate enquanto saía do cômodo. Ele saiu de casa, e os cookies permaneceram intactos. Sentindo-se um vencedor, ele parou para tomar um café, viu cookies no balcão e devorou um.

"Por que aquele cookie de chocolate tem tanto poder sobre mim?", perguntou Kessler em uma entrevista. "É o cookie, a representação do cookie na minha mente? Passei sete anos tentando descobrir uma resposta."

O resultado do questionamento de Kessler é um livro novo fascinante, "The End of Overeating: Taking Control of the Insatiable American Appetite", lançado pela Rodale (em tradução livre "O Fim do Exagero: Controlando o Insaciável Apetite Americano").

Continue lendo no G1.

sábado, 4 de julho de 2009

Festival de sopas indianas no Daissen Restaurante Vegetariano



Assista o vídeo e anote as dicas da Bia San (gastrônoma) e Glenda Kreutzer (terapeuta ayurveda).

Fonte: TVCOM Florianópolis.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Governo brasileiro faz campanha a favor dos alimentos orgânicos

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“Dê alimentos orgânicos para seus filhos. Seus netos agradecem.”

A criação é da agência Sla.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

O Chamado



Um apelo aos corações e mentes por uma evolução dos valores do consumismo predatório para o humanismo holista.

Vídeo e Música: Luiza Estrella.

Publicado no blog da monja Isshin.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Vegetarianos têm menor risco de desenvolver câncer


Vegetarianos são 45% menos propensos a desenvolver câncer no sangue, revelou um estudo publicado nesta quarta-feira pela revista científica British Journal of Cancer. A pesquisa, conduzida pela Unidade de Epidemiologia do Cancer Research UK, da Universidade de Oxford, concluiu ainda que a abstinência de carne também reduz em 12% o risco de se ter qualquer tipo de câncer.

Para o estudo, parte de uma longa investigação internacional sobre a doença, cientistas acompanharam 61.566 homens e mulheres britânicas, divididos entre aqueles que comiam carne, os que comiam peixe mas não carne e os que não comiam nem peixe e nem carne. Após mais de 12 anos de pesquisas, 3.350 participantes desenvolveram câncer, sendo 68% (2.204) comedores de carne, 24% (800) vegetarianos e 9,5% (300) comedores apenas de peixe.

Os pesquisadores constataram ainda que, entre os que comiam carne, 180 tiveram algum tipo de câncer de sangue, como leucemia, mieloma múltiplo e linfoma não-Hodgkin. No grupo dos vegetarianos, esse número caiu para 49, enquanto que entre os adeptos do peixe, passou para 28. O risco de desenvolver câncer de estômago ou de bexiga também se mostrou significativamente menor entre os vegetarianos.

Naomi Allen, coautora do estudo, pede cautela com a interpretação dos resultados. "Precisamos saber qual aspecto de uma dieta vegetariana ou com peixes protege contra o câncer", disse a pesquisadora, segundo reportagem do jornal The Guardian. "É um maior consumo de fibras, maior consumo de frutas ou vegetais ou apenas a carne em si?" Para responder a essa pergunta, mais estudos ainda serão necessários.

Fonte: Veja online Portal Terra